GHFW regressa mais cedo

O evento dedicado aos têxteis-lar realiza-se, este ano, a 5 e 6 de abril, mantendo a Pousada de Santa Maria da Costa, em Guimarães, como localização. Além da exposição, que contará com dezenas de empresas portuguesas, os visitantes internacionais da GHFW terão ainda mais dois dias para conhecer as produtoras lusas.

Cerca de 60 marcas de 53 empresas estarão presentes nesta edição da Guimarães Home Fashion Week (GHFW), o evento dedicado aos têxteis-lar nacionais promovido pela Associação Home From Portugal.

«A nível de têxteis-lar as coisas têm corrido bem para a indústria. Claro que há todos estes problemas como a escalada dos preços da energia, que é muito grave, porque é uma indústria que consome muita energia, mas, felizmente, em termos de mercados internacionais, diria que as empresas estão bem», afirma Alberta Canizes ao Portugal Têxtil.

Alberta Canizes

De acordo com a informação do Instituto Nacional de Estatística, os têxteis-lar foram um dos principais impulsionadores do novo recorde de exportações – que ultrapassaram os 5,4 mil milhões de euros – registado em 2021. A categoria outros artefactos têxteis confecionados, que engloba a maioria dos têxteis-lar, somou mais 3,3% em comparação com 2020, para 811,1 milhões de euros, com um aumento de 31,1%, para cerca de 614 milhões de euros das exportações de roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, e de 59,2%, para 33,2 milhões de euros nas de cobertores e mantas.

As expectativas para a GHFW são, por isso, positivas, até porque muitas empresas já não fazem uma feira há muito tempo, na sequência da pandemia de covid-19. «A adesão que esta sétima edição tem tido dos mercados internacionais que, no fundo, exigiram que [a GHFW] acontecesse, é prova de que Portugal continua a ser o mercado de excelência nos têxteis-lar para eles», sublinha a responsável da Associação Home From Portugal.

Esta edição tem, contudo, ainda restrições ao nível da lotação, pelo que o número de compradores está reduzido face ao que acontecia nas edições pré-pandemia. «Este ano não podemos ter muitos [compradores] por causa das restrições. Mas teremos mais de 100», aponta Alberta Canizes.

Compradores dos quatro cantos do mundo

Entre esses, apesar da ausência dos compradores russos e japoneses, os primeiros por causa das sanções económicas à Rússia, os segundos devido às restrições ainda em curso decorrentes do novo coronavírus, há inúmeras nacionalidades. «Vêm do Perú, do México, da Irlanda, de Inglaterra, dos EUA, do Canadá, de França, da Alemanha, de Espanha, da Áustria, da África do Sul», enumera Alberta Canizes. «São mercados que não vinham tanto, mas nesta edição há bastantes inscritos dessas nacionalidades», acrescenta.

Na última edição pré-pandemia, em 2019, estiveram presentes, na GHFW, 53 empresas expositoras e mais de 300 compradores internacionais, sobretudo de países como os EUA, Japão, Austrália, Brasil e México. Em 2020, devido à pandemia, a feira não se realizou, tendo regressado em 2021, mas apenas em setembro e de forma condicionada.

A Associação Home From Portugal tem também já data marcada para a edição de 2023, que se irá realizar em maio. «Em reunião com a indústria decidimos antecipar ligeiramente a feira», anuncia Alberta Canizes.