- Efeito coronavírus nas cadeias de aprovisionamento
- Giovanni Galli promete «conforto» na estação quente
- Conferência “Tudo Sobre E-commerce” adiada para outubro
- Lemon Jelly cria movimento de partilha
- Cosec implementa medidas extraordinárias para apoiar empresas
- dstgroup assume salários da Companhia de Teatro de Braga
1. Efeito coronavírus nas cadeias de aprovisionamento
De acordo com a Global Data, as cadeias de aprovisionamento de vestuário estão a desmoronar rapidamente devido às consequências do surto do novo coronavírus, que atinge vários fabricantes e retalhistas por todo o mundo. Começando por preocupações como a interrupção de entregas de encomendas na China, país de origem do COVID-19, a pandemia está agora a provocar danos em toda a cadeia de aprovisionamento. O panorama molda-se com trabalhadores em quarentena, restrições de viagens, interrupções no fornecimento de matérias-primas como fios, tecidos, embalagens e etiquetas, muitas delas provenientes da China, que acabam por lesar toda a cadeia a nível global. Os retalhistas da Europa e da América do Norte adiam e cancelam pedidos da mesma forma que adiam pagamentos, uma vez que os bloqueios noutros países reduzem o número de compradores e a quantidade de lojas encerradas dispara. A Primark e a Marks & Spencer, duas das maiores retalhistas de vestuário do Reino Unido, estão a subsistir com os stocks não vendidos e, nos últimos dias, afetaram o sector com grandes cortes e pedidos de cancelamentos. «O impacto pode observar-se nas fábricas fechadas e na perda de postos de trabalho para os funcionários que já estão entre os mais vulneráveis pelos baixos salários e pela falta de leis laborais em países como o Vietname, Camboja, Bangladesh e Mianmar que são particularmente atingidos», aponta Leonie Barrie, analista de vestuário da GlobalData. «A situação não tem precedentes e antes de melhorar pode piorar. A liquidez e o fluxo de caixa são os problemas principais para as cadeias de aprovisionamento de vestuário de momento. Ainda assim, existem projeções mais graves como milhões de perdas de emprego se as fábricas não tiverem fundos para sobreviver até ao final da crise», admite. «Grupos como a Inditex e a H&M estão a reorientar as cadeias de aprovisionamento e a adquirir experiência na produção de máscaras e outros equipamentos médicos para hospitais e profissionais de saúde. «Enquanto muitas marcas e retalhistas de vestuário estão concentradas na própria sobrevivência face a estes tempos difíceis, também devem prestar atenção à pressão financeira exercida sobre as fábricas e trabalhadores. Colaboração, cooperação e parcerias estratégicas têm ajudado toda a indústria nos últimos anos e são mais necessárias agora do que nunca», realça.
2. Giovanni Galli promete «conforto» na estação quente
A coleção primavera-verão 2020 da Giovanni Galli apresenta várias opções que, segundo a marca, se adequam para diferentes ocasiões, desde uma reunião ou simplesmente para um dia passado em casa. Os artigos da estação quente trazem «conforto» e uma «elegância intemporal» que vai de encontro à identidade da paópria insígnia. Com o mote “Living Concept”, a nova coleção combina o clássico e o moderno com «combinações improváveis, mas sofisticadas». A coleção é composta por três linhas distintas. A formalwear que foi pensada para eventos mais formais, a casualwear que é composta por polos e calças de várias cores e com texturas «únicas» e a beachwear com calções, t-shirts, chapéus e toalhas que podem completar os coordenados da marca. A nova coleção da Giovanni Gali promete juntar «conforto, inovação e qualidade».
3. Conferência “Tudo Sobre E-commerce” adiada para outubro
Seguindo as recomendações da Direção Geral de Saúde, a organização da terceira edição da conferência “Tudo sobre E-commerce” prevista para 18 de abril foi adiada para 17 de outubro, face à evolução do cenário de emergência global ditado pela propagação do COVID-19. O evento destinado à partilha de conhecimento entre profissionais de comércio eletrónico e marketeers mantém-se, todavia, no Auditório da Ordem dos Contabilista Certificados no Porto e todos os bilhetes de acesso continuam válidos. «A onda de choque das preocupações que se levantaram generalizadamente colocou-nos em sentido desde o início, aliás como a toda a indústria nacional de eventos, e fomos acompanhando a situação dia após dia, inclusive porque mais de metade dos conferencistas previstos são estrangeiros. Por questões de conciliação de agendas de todos eles com as datas alternativas, vimo-nos obrigados a retardar um pouco a comunicação da nova coordenada temporal», esclarece Vera Maia, fundadora e CEO da plataforma “Tudo sobre E-Commerce” e organizadora da conferência. De um total de nove oradores que tinham sido já anunciados, a organização conseguiu manter seis conferencistas. Pedro Brehm, presidente-executivo da Phone House Portugal, Andrea Sericola, performance director na inglesa TRGT Digital, Ana Gama, Head of Marketing na Ok! Teleseguros, Samuel Costa Marques, Head of Ecommerce & Marketing da retalhista de calçado lusa PROF Shoes, David Tomás, CEO da Cyberclick, e Chris Erthel, um dos fundadores e estrategas digitais da marca de acessórios de moda Meller são os oradores confirmados para a edição de outubro. «Apesar da ginástica que tivemos de fazer, conseguimos manter todos os oradores previstos e o apoio à nossa decisão de adiamento foi total, entre parceiros, patrocinadores e demais envolvidos», garante Sónia Costa, consultora de marketing digital na TSE.
4. Lemon Jelly cria movimento de partilha
Devido ao cenário resultante da disseminação do novo coronavírus, estar em casa é obrigatório e, com o objetivo de despertar emoções e sentimentos positivos, a Lemon Jelly criou uma campanha que convida os seguidores a partilharem o que os faz sentir bem durante este período. Cada dia traz uma nova partilha no Instagram da marca, que propõe desafios para que os seguidores mostrem o que de melhor têm em casa de forma a valorizarem «ainda mais os momentos, as pessoas e as memórias que fazem parte na nossa essência». As atividades que realizam nos tempos livres, as músicas que ouvem, os livros que leem, as memórias e os sabores que os fazem sonhar e viajar até ao passado são alguns dos exemplos que integram o movimento criado pela marca de calçado, que define o significado de casa para todos nós.
5. Cosec implementa medidas extraordinárias para apoiar empresas
A Companhia de Seguro de Créditos vigorou um conjunto de medidas extraordinárias de apoio ao funcionamento das empresas para ajudar no combate à pandemia Covid-19. A antecipação do pagamento de indemnizações até 50 mil euros, a isenção dos custos de comunicação de prorrogação realizadas através da plataforma online COSECnet, o adiamento dos prazos de comunicação de não pagamento das vendas a crédito, permitindo que os segurados colaborem com os seus clientes para que o pagamento se concretize e a flexibilização de outros procedimentos e prorrogação de prazos associados ao funcionamento do seguro de créditos são as medidas implementadas que podem ser aplicadas até ao final do mês de abril com risco de se manterem por um período de tempo mais alargado. «Estas medidas pretendem ser um contributo para apoiar a liquidez das empresas, tendo um acesso mais rápido ao pagamento das indemnizações, e também têm em vista adequar o relacionamento da companhia com o funcionamento dos nossos segurados no atual contexto económico, com o aumento do regime de teletrabalho e, noutros casos, com uma redução dos colaboradores ativos», elucida Maria Celeste Hagatong, presidente do conselho de administração da Cosec.
6. dstgroup assume salários da Companhia de Teatro de Braga
Na esperança de servir de exemplo para outras empresas que possam ajudar uma entidade de produção de cultura, o dstgroup tornou público um comunicado que revela que vão assegurar o pagamento dos salários dos 14 trabalhadores da Companhia de Teatro de Braga para os próximos três meses, uma vez que «um país sem cultura não sobrevive». O dstgroup garantiu ainda que não vai despedir funcionários e pretende cumprir com os respetivos salários. «Independentemente dos recursos colocados à nossa indústria pelo Governo da República e pela banca, estamos em condições de garantir os salários dos nossos trabalhadores, os compromissos com fornecedores e parceiros sem exaurir o Estado. Somos quase 1800 trabalhadores e, com o tal demónio a espernear em fevereiro, admitimos 66 trabalhadores e, no presente mês de março, até hoje, 49 novos trabalhadores», revelou José Teixeira, presidente do conselho de administração do dstgroup. «Neste tempo devastador e imprevisível que atravessamos, assumimos um compromisso com os nossos trabalhadores: queremos chegar ao final da batalha com todos os “soldados” de pé», garante, sem deixar de destacar que «nada resistirá, com todos os esforços levados ao seu limite, com todos os recursos utilizados, sem cultura e sem os profissionais da cultura, sem aqueles que, com a sua produção artística, nos permitem ser mais competitivos».