Dez anos depois de terem sido criados, os PV Awards, que pretendem distinguir os melhores expositores presentes na feira parisiense, mantêm a pertinência, com nomes fortes da indústria da moda no júri.
Depois de personalidades como John Malkovich, no ano passado (ver O próximo presidente dos PV Awards é…), Olivier Gabet, diretor do Musées des Arts Décoratifs, em 2016, Yiqing Yin, em 2014, Felipe Oliveira Baptista em 2012 (ver FOB preside PV Awards) e Roland Mouret em 2011, é agora a vez de Olivier Theyskens.

O designer belga tem um currículo vasto, onde consta, além da sua marca própria, que retomou há quatro estações, a direção criativa da casa de moda Rochas (de 2002 a 2006), a que se seguiu a nomeação para a Nina Ricci (em novembro de 2006, onde se manteve até 2011) e o projeto Theysken’s Theory, entre 2011 e 2014.
Para os prémios da Première Vision, que o designer afirma «não perder uma edição» para «alimentar as minhas ideias», Theyskens afirma que terá «diversos critérios» em conta. «Falamos de visão e de assumir riscos entre os designers mas essas mesmas coisas estão igualmente presentes entre os produtores. A arte do tecido ou do couro, a busca pela excelência na inovação e a perfeição de um clássico, tudo isso contribui para a emergência de tendências fortes. Estes players estão a avançar com uma ousadia e talento que vamos observar, medir e respeitar», afirma, numa entrevista publicada no website da Première Vision. «Eles [os produtores] são a fundação do meu processo criativo e, em termos gerais, da própria moda. Os designers de hoje têm muita sorte. Têm à sua disposição materiais de uma enorme riqueza e diversidade, criados com técnicas que não estavam disponíveis no passado. As mudanças na moda e nos tecidos atuam em sinergia para trazer novas possibilidades, em termos de design e utilização», acrescenta.

É com base nestes critérios que Theyskens, juntamente com um júri de especialistas internacionais, irá decidir a entrega de quatro prémios a cada um dos sectores (tecidos e couro): o Grande Prémio do Júri, o Prémio Imaginação (para o mais original), o Prémio de Toque (para o que apresenta melhor toque) e o Prémio de Criação de Moda Inteligente (que distingue a responsabilidade ecológica e a criatividade).
A decisão final será conhecida no dia 19 de setembro, às 17h30 no Fórum PV Perspectives, no hall 5.
Diversidade entre expositores
A diversidade de que Theyskens fala está bem presente na Première Vision Fabrics, que na última edição contou com a presença de representantes de 33 países, entre os quais Portugal, com 31 expositores (ver Première Vision une fileira lusa).
As empresas portuguesas, de resto, têm estado em destaque nos PV Awards, com nomeações constantes nas últimas quatro edições: A.Sampaio & Filhos e Riopele em 2017 (ver Dois portugueses nos PV Awards), a Riopele em 2016 (ver E os vencedores dos PV Awards são…),Teviz by Polopique e Vilartex em 2015 (ver Première Vision abre o jogo) e a Riopele e a Teviz by Polopique em 2014 (ver Première Vision fala português).
Além dos salões dedicados aos tecidos (Première Vision Fabrics) e ao couro (Première Vision Leather), a Première Vision Paris inclui ainda as propostas de fios (Première Vision Yarns), acessórios (Première Vision Accessories), design têxtil (Première Vision Designs) e confeção (Première Vision Manufacturing).