Meam abre as portas em Braga para o mundo

Com um conceito industrial e contemporâneo, a nova loja da marca portuguesa Meam abriu oficialmente as portas no passado dia 16, mas há um mês que recebe diariamente portugueses e, também, muitos estrangeiros que se deixam seduzir pelas cores e desenhos da coleção para a primavera-verão 2019.

Em pleno centro histórico de Braga, na Rua do Castelo, n.º 63, a loja da Meam espelha o conceito da marca. O ADN industrial traduz-se nas paredes de cimento, que contrastam com a luz trazida pela montra aberta para a rua e pelo colorido da coleção para esta estação quente.

«Adoro esta parte industrial», confessa Maria do Carmo Mendes, co-CEO da Meamstyle e principal impulsionadora da marca Meam, que destaca a “sala de estar” instalada na loja como o seu “cantinho” preferido. «É uma coleção que é produzida numa empresa que é uma fábrica. Automaticamente, a loja não pode ser uma boutique refinada, sofisticada», acrescenta Francisco Rosas, diretor criativo da Meam, que realça ainda a vista de 180º entre interior e exterior, permitindo a «quem passa fora, ver a loja toda».

Esta loja assume também o carácter internacional que a marca tem projetado nas coleções assinadas por Francisco Rosas.

Francisco Rosas, Maria do Carmo Mendes e José Mendes

«Não penso em vestir a vizinha do lado. Não é o meu objetivo. Penso vestir a mulher com carácter, que tenha força. Ela pode ser portuguesa, francesa ou inglesa, pode estar em qualquer lado. Tem gosto por sair à rua, sentir-se bem com aquilo que usa e assumir aquilo que usa. Essas são coisas que não têm nacionalidades», aponta Francisco Rosas.

Romaria à loja

A coleção Romaria, para a primavera-verão 2019 tem colorido o espaço, com as t-shirts e sweatshirts com a imagem evocativa da pintora mexicana Frida Kahlo – «um dos bestsellers», revela a diretora de marketing Cristina Maia – a combinarem-se com as saias e vestidos em tons laranja e vermelho, abrindo espaço aos tons mais discretos e ao xadrez preto/branco – «outro bestseller». Colares, pulseiras, brincos e botões de punho de olaria feitos pela artesã barcelense Júlia Côta complementam o look, assim como as cestas em palha, que colocam a modernidade na tradição. O toque final é dado pelo perfume Meam.

Cecília Ferreira, Maria do Carmo Mendes, Francisco Rosas, Paula Ribeiro e Cristina Maia

«As pessoas estão felizes, dão-me os parabéns, a coleção é bonita, mesmo os lojistas à volta dizem que é diferente, veem e gostam. Está a ser ótimo», afirma Maria do Carmo Mendes. «Acho que está a agradar a muita gente precisamente por ser uma coleção do mundo, não uma coleção nacional», sublinha.

Há cerca de um mês com as portas abertas, a loja da Meam em Braga tem atraído compradores portugueses mas também de diversas nacionalidades, incluindo espanhóis, chilenos, franceses, ingleses, americanos e brasileiros. «Aqui é um sítio de muita passagem de turistas e há histórias engraçadas. No outro dia estava a fazer a montra, de joelhos, e entrou uma senhora polaca que só falava polaco e queria comprar uma camisa. Foi divertido vendê-la enquanto a guia estava à espera», conta Cristina Maia.

«A primeira venda que fizemos foi a uma portuguesa e a segunda foi a uma espanhola, que não comprou mais porque o nosso multibanco decidiu encravar e era semana santa e não havia dinheiro disponível nas caixas de multibanco à volta», revela a diretora de marketing.

«E tem muita piada ver a reação dos homens a parar na montra, onde temos umas calças salmão para homem. Ficam espantados mas param todos. Gostem ou não, acaba por ser uma referência de uma coisa diferente. Acho que com o tempo vamos conseguir ter igual dinâmica no homem», acrescenta.

Para além desta loja própria e da 21 PR Concept Store, em Lisboa, as propostas da Meam estão igualmente à venda em pontos de venda físicos em Coimbra, no Porto e no Canadá, assim como na loja própria online e na plataforma Minty Square.

Atualmente, a marca representa cerca de 5% do volume de negócios da Meamstyle, que, em 2018, rondou os 4,5 milhões de euros, mas o objetivo é «triplicar essa quota» no curto prazo, conclui Maria do Carmo Mendes.