- EUA e Brasil fecham acordo comercial em 2020
- Primark alarga apoios aos fornecedores
- ITV do Paquistão pede mais ajuda ao Governo
- Kingpins divulga expositores para evento de denim online
- ZDHC lança livro para ajudar empresas a reduzir químicos
- Segurança e mobilidade no novo suporte para tablets da Gateway
1. EUA e Brasil fecham acordo comercial em 2020
Os EUA e o Brasil esperam fechar um acordo de normas comerciais e de transparência durante o corrente ano, que inclui a simplificação do comércio e boas práticas regulamentares. A decisão foi tomada através de um telefonema entre Robert Lighthizer, representante comercial dos EUA, e Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do Brasil, no qual debateram a implementação de uma agenda comercial «ambiciosa» entre os dois países, como foi acordado pelos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump numa reunião a 7 de março. «Esta visão partilhada e os objetivos estabelecidos pelos dois presidentes convergem para um compromisso estratégico e transformador entre os países na sua parceria comercial e económica», referiu o United States Trade Representative numa declaração. Tanto os EUA como o Brasil concordaram em acelerar o diálogo comercial de modo a concluir o acordo de normas comerciais e transparência, que pretende facilitar o comércio e boas práticas regulamentares. Os dois países concertaram realizar consultas internas compatíveis com os procedimentos de cada nação, para melhor expandir o comércio e desenvolver as relações de economia bilaterais.
2. Primark alarga apoios aos fornecedores
A retalhista de moda decidiu alargar o apoio aos fornecedores ao comprometer-se a pagar 370 milhões de libras (424,1 milhões de euros) no valor dos pedidos adicionais, mais do que os 1,5 mil milhões de libras de stock existente nas lojas, armazéns e em trânsito. A Primark vai, assim, receber todos os produtos em fase de produção ou acabados que estavam planeados para serem entregues dia 17 de abril. Segundo declarações da retalhista num comunicado emitido a 20 de abril, foram quatro semanas de debates individuais com os fornecedores para identificar «opções atenuantes» como o alargamento dos prazos de pagamentos. A Primark, pertencente ao Associated British Foods (ABF), foi muito criticada por cancelar todos os pedidos depois de ter sido obrigada a fechar portas da sua rede de pontos de venda a 22 de março, a fim de evitar a disseminação do novo coronavírus. Deste modo, a empresa britânica, que regista uma perda mensal de vendas à volta de 650 milhões de libras, pediu aos fornecedores que interrompessem a produção, uma vez que tinha 1,5 mil milhões de libras em stock nas lojas, armazéns e em trânsito. O novo acordo faz com que o stock total da Primark tenha crescido, atingindo quase os dois mil milhões de libras enquanto as lojas continuem fechadas. «Este anúncio representa um compromisso contínuo das nossas relações com os fornecedores. Estivemos em contacto próximo e regular com os nossos fornecedores nas últimas semanas para procurar uma forma a adotar e pagar o máximo possível de encomendas pedidas anteriormente», afirma o CEO, Paul Marchant. «Transparência e clareza têm sido a base das nossas relações duradouras com os fornecedores e estamos obviamente desapontados de inicialmente não termos estado aptos para nos comprometermos com esse stock. As parcerias com os nossos fornecedores são valiosas e queremos continuar a apoiá-los à medida que ultrapassamos esta crise global», explica. A retalhista refere que as respetivas equipas de aprovisionamento e compras vão continuar a trabalhar em colaboração direta com os fornecedores para implementar novos planos. O novo compromisso não afeta a decisão divulgada a 3 de abril, da Primark assegurar fundos para o pagamento de salários de forma a garantir que os colaboradores sejam pagos o mais rápido possível pelo trabalho desempenhado nos artigos em produção. Este fundo de garantias salariais para os pedidos suspensos da retalhista aplica-se ao Bangladesh, Camboja, Índia, Mianmar, Paquistão, Sri Lanka e Vietnam.
3. ITV do Paquistão pede mais ajuda ao Governo
A indústria têxtil e vestuário do Paquistão agradeceu os esforços do Governo para manter a sobrevivência do sector, bem como proteger os trabalhadores afetados pela crise causada pela pandemia. No entanto, a fileira pede também novas medidas para proteger o futuro, como é o caso da redução das taxas de juros. Numa carta escrita a 27 de março, Abdul Razzak Dawood, consultor da All Pakistan Textile Mills Association (APTMA) expressou «gratidão profunda» pelo trabalho do Governo e pela «dedicação e compreensão» dos problemas do sector. As medidas incluem o reembolso de pagamentos, uma política têxtil «prática e robusta» e a resolução da maior parte das questões relacionadas com o imposto sobre as vendas. Ainda assim, como a maioria dos pedidos de exportação foi adiado ou cancelado, a APTMA afirma que o sector está em «crise», com a Europa e os EUA com portas fechadas para o negócio, como sugere o jornal Pakistan Observer. A crise agrava-se ainda mais pelo facto de a indústria ter acordado contratos de importação de algodão com valores que já desceram de cerca de 80 centavos por libra para 50 centavos por libra. A associação paquistanesa revelou que as medidas do Governo, de adiar o pagamento dos empréstimos e acelerar os reembolsos, vão ficar «muito aquém para manter a indústria em atividade». «Isso vai causar muitas preocupações e empresas em falência. O impacto do desemprego só pode ser resguardado pela indústria por mais um mês ou dois, depois desse tempo não haverá capacidade para manter os trabalhadores», explicou a APTMA ao Pakistan Observer. A associação têxtil defende ainda a implementação necessária de mais medidas para manter a indústria em atividade e conservar os postos de trabalho, incluindo o alargamento do pagamento da dívida para cobrir juros e linhas de crédito, uma redução de 5% nas taxas de juros para a indústria e suspender o imposto sobre o volume de negócios de 1,5%. «Isto é um imposto sobre os lucros e como não há qualquer lucro possível nas circunstâncias atuais, o imposto deverá ser suspenso», sustentou a APTMA. «A taxa zero para o sector deve ser restabelecida. Apelamos vigorosamente ao Governo para suspender o imposto sobre vendas até voltarmos à normalidade», sublinhou. O Paquistão é um dos vários países de fornecedores da indústria têxtil e vestuário que está a sofrer impacto com o cancelamento de pedidos por parte de marcas e retalhistas. Noutros países impactados pela atual crise sanitária, foram já tomadas algumas medidas. O Banco Central da Tunísia cortou juros, adiou as datas de pagamentos de impostos e apoiou os bancos com empréstimos para pagamentos em atraso. No Bangladesh, o presidente da BGMEA incentivou as marcas internacionais de vestuário a não adiarem ou cancelarem pedidos, salientado para o facto de que isso pode fazer com as empresas não paguem aos trabalhadores, o que vai causar um estado de agitação social em todo o país.
4. Kingpins divulga expositores para evento de denim online
Os organizadores da feira denim publicaram a lista de participantes para a transmissão do primeiro evento online, que inclui a Cone Denim, Saitex, Calik Denim, Candiani Denim e Vidalia Mills. No total, a Kingpins24 vai oferecer mais de 135 apresentações de expositores para além de 35 painéis, entrevistas e seminários. Uma seleção destes artigos vai ser transmitida online durante dois dias no evento, que começa hoje e se prolonga amanhã. Lenzing, Lycra Company e Prosperity Textile são também alguns dos nomes que forneceram conteúdo para o evento, juntamente com mais de 50 empresas. «A reação da indústria tem sido impressionante, quase todas as empresas que convidamos para se juntar a nós não só concordaram, mas quiseram ir mais além e serem criativas ao desenvolver conteúdo que incorpora o espírito e as circunstâncias da Kingpins24», afirma Andrew Olah, fundador do evento. «A criatividade, entusiasmo e apoio dão-me grandes esperanças para o sucesso deste novo conceito e diz-me que não estamos sozinhos nas nossas crenças de que a indústria denim pode e vai evoluir para fazer frente aos novos desafios que estamos a encarar», acrescenta. A transmissão diária da Kingpins24 vai incluir uma vasta oferta focada na procura sob a forma de apresentações, vídeos, conteúdo exclusivo do Denim Dudes, United Nations Office for Partnerships, NPD Group, Vintage Showroom, Ravensbourne University, Simply Suzette, PVH, Kingpins MSP x Piero Turk, HTNK Fashion Recruitment, Mohsin Sajid e muitos outros. Todo o conteúdo transmitido pode ser visto requerendo uma solicitação, para que todos os participantes de qualquer fuso horário possam ter acesso às entrevistas, apresentações e aos seminários importantes presentes na programação do evento. A Bossa, Tonello e Vicunha estão entre os expositores da Kingpins. A fabricante de denim turca Bossa está a lançar o projeto D-Chronicles em conjunto com a Fibretrace, um conceito que usa um ID baseado na blockchain para acompanhar o percurso de uma peça de vestuário desde a produção até à prateleira, de modo a contar a sua história. A tecnologia da Fibretrace permite a incorporação de um ID que fica permanentemente no produto, de forma a que seja possível rastrear as matérias primas, o caminho desde a cadeia de aprovisionamento até ao produto final, para que os consumidores possam visualizar os movimentos do artigo durante todo o fabrico e processo de distribuição. A Tonello vai exibir a The Laundry Revolution, uma «conceção radicalmente nova» no acabamento de vestuário, que usa apenas duas tecnologias em todo o ciclo de acabamento, para reduzir o desperdício e otimizar os recursos: Laser e All-in-One-System. Por último, vai apresentar ainda o Metro, um software que processa dados reais em tempo real para verificar o consumo da lavagem, otimizar os tempos de processamento e melhorar o desempenho. A Tonello, por sua vez, está a apresentar dois processos de lavagem: o “Wake”, um sistema de tingimento totalmente natural que recorre apenas a resíduos vegetais, e o “OBleach”, um branqueamento sustentável. Já a Vicunha vai apresentar um programa responsável de algodão brasileiro, um programa de consumo de água e os últimos desenvolvimentos em tecidos também na plataforma online da Kingpins. A Lycra Co vai exibir algumas soluções sustentáveis com conteúdos pré e pós-consumo. Uma das mais recentes soluções é a fibra EcoMade, produzida parcialmente com material de pré-consumo e certificada pela GRS. Já a fibra Lycra T400 EcoMade é 50% composta por matérias pós-consumo e pode ser utilizada em conjunto com a fibra Lycra para aumentar a elasticidade, com retenção prolongada da forma. Por seu lado, a tecnologia Coolmax EcoMade ajuda a manter o utilizador seco e fresco e é fabricada com 100% de materiais de pós consumo. às 9horas (hora da Europa Central) e termina à meia noite do dia seguinte.
5. ZDHC lança livro para ajudar empresas a reduzir químicos
A Zero Discharge of Hazardous Chemicals (ZDHC) lançou um livro sem custos com o objetivo de ajudar as marcas de moda a reduzir o uso de produtos químicos tóxicos nas cadeias de aprovisionamento. O manual “Detoxing the Fashion Industry for Dummies” analisa o porquê dos produtos químicos serem aplicados nas peças de vestuário, na inovação e no desenvolvimento, bem como outros obstáculos que ainda precisam de ser tranpostos. O livro pretende ainda ajudar os consumidores a saber comprar roupas ambientalmente mais responsáveis ao ensiná-los a selecionar produtos de lavagem ecológica. Formada em 2015, a organização supervisiona o programa “Roadmap to Zero”, que está a trabalhar para que a indústria tenha uma descarga zero de produtos químicos perigosos. Atualmente, a ZDHC tem mais de 160 contribuidores – marcas, fabricantes e fornecedores de produtos químicos – que, em conjunto, colaboram para limpar as respetivas cadeias de aprovisionamento de forma a alcançar uma química mais sustentável. O diretor-executivo Frank Michel decidiu escrever e publicar o livro de ajuda depois de se ter apercebido da dificuldade de encontrar informações acessíveis e percetíveis sobre o tema. O manual estará disponível para a toda a indústria, estudantes e público em geral. «Este livro abre portas a um futuro seguro para a humanidade e para o nosso planeta. Escrito para os que apreciam moda e também para os profissionais da indústria, a obra pretende expor o impacto prejudicial da produção de vestuário nas pessoas e no ambiente e partilhar as melhores práticas, para converter toda a gente em verdadeiros crentes e ativistas desta revolução da moda», explica o autor. «Se for transformado, este sector tem muito potencial para melhorar a vida das pessoas, mas a relação entre a química e a moda ainda não é compreendida em geral. Queremos aumentar a consciencialização, para acelerar a mudança e o impacto nas regiões de produção de água mais limpa e menos poluição na fabricação de têxteis e couro», afirma Michel.
6. Segurança e mobilidade no novo suporte para tablets da Gateway
A Gateway, empresa do Grupo Gunnebo, especializada no fabrico, comercialização e instalação de soluções antifurto para redução de quebras no retalho criou um novo suporte universal para tablets. O CT101, o novo suporte, apresenta três vertentes importantes para ambientes de exposição, como é o caso de ambientes de retalho ou mercados verticais com necessidades de segurança específicas. Deste modo, o suporte garante total segurança, assegura a sua alimentação para uma utilização diária durante os sete dias da semana e «faculta a flexibilidade necessária para garantir uma experiência de uso envolvente e potenciadora de compra». A solução está apta para vários propósitos e formatos, como indústrias, retalho, hotelaria, banca, educação, transportes, pelo próprio Governo em aplicações como registos de acesso e ainda quiosques de self-service. O suporte é compatível com o sistema OneKEY e altera rapidamente entre o modo paisagem e retrato, com uma rotação de 180º para qualquer direção. «A chegada do CT101 marca o enriquecimento da nossa linha de suportes para equipamentos móveis. Esta solução pode ser utilizada num amplo conjunto de indústrias – não apenas em exposição de tablets em loja, mas em cenários onde o acesso ao conteúdo é essencial, como sejam as áreas do turismo, restauração ou educação. A segurança, a garantia de mobilidade e a alimentação que permite que o tablet esteja sempre ligado são argumentos de peso para quem procura uma solução de exposição robusta, elegante e com uma inigualável abrangência de aplicação», destaca Ricardo Mestre, diretor de marketing da Gateway Portugal.