- Asos ganha em toda a linha
- Tecnologia muda negócio do algodão
- Maidenform avança para o activewear
- Marks & Spencer regressa ao crescimento
- Fujitsu apresenta etiqueta Rfid “invisível”
- Sri Lanka mais perto do estatuto GSP+
1. Asos ganha em toda a linha
A retalhista online de moda Asos teve um forte início de ano, com um aumento de 36% no volume de negócios no primeiro trimestre, e afirma que vai investir mais em expansão após ter revisto em alta as previsões para o ano completo. O volume de negócios total do grupo subiu para 621,3 milhões de libras (709,7 milhões de euros) nos quatro meses terminados a 31 de dezembro, em comparação com 457,1 milhões de libras um ano antes. As vendas a retalho também aumentaram 36%, para atingir 605,7 milhões de libras. A retalhista online registou crescimento em todas as regiões, com os EUA a registarem o maior crescimento (+66%, para 82,7 milhões de libras), seguido da Europa sem o Reino Unido (+49%, para 165,8 milhões de libras) e do resto do mundo (+46%, para 113,2 milhões de libras). No mercado interno da retalhista, o Reino Unido, as vendas aumentaram 18%, para 244 milhões de libras. «Após vendas recorde no fim de semana a seguir à Ação de Graças e no período de Natal, estou satisfeito por dar conta de um forte início de ano», anunciou o CEO Nick Beighton. Para o ano fiscal de 2017, a retalhista antecipa um crescimento de 25% a 30% das vendas, em comparação com a anterior previsão de um aumento de 20% a 25%. «A Asos está bem encaminhada para atingir as suas ambições a longo prazo como resultado do trabalho duro e empenho da equipa», acrescentou. Jamie Merriman, analista na Bernstein Research, considera que a retalhista continua a ter uma performance superior à esperada. «Acreditamos que a Asos tem um espaço significativo para continuar a crescer», resumiu.
2. Tecnologia muda negócio do algodão
A especialista americana em commodities The Seam está a criar o que afirma ser o primeiro sistema de comércio para a indústria mundial de algodão com tecnologia blockchain. A plataforma – cuja lista de proprietários inclui líderes do sector como a Calcot, Cargill, ECOM Agroindustrial Corporation, EWR, Louis Dreyfus, Olam International, Parkdale Mills, Plains Cotton Cooperative e a Staple Cotton Cooperative – afirma que a nova tecnologia vai «transformar» a indústria de algodão ao tornar mais fácil e mais seguro negociar a matéria-prima. A tecnologia blockchain é uma espécie de registo que permite que as empresas transfiram ativos na internet mais rapidamente e com um nível de interferência reduzido. A tecnologia consegue criar um registo digital único que verifica, segue e rastreia cada passo do processo, sem ser necessário software. Em conjunção com “contratos inteligentes”, pode ter enormes implicações para o comércio mundial, com a transferência instantânea de dinheiro e outros ativos e acordos transfronteiriços. O ecossistema – a que a indústria do algodão está a ser convidada a aderir – será construído com tecnologia blockchain da IBM, com a tecnológica a ter um papel importante na divulgação mundial. «A [tecnologia] blockchain tem um enorme potencial para impulsionar a inovação ao longo da indústria de vestuário», afirma Arvind Krishna, vice-presidente sénior da IBM Research. «Uma abordagem de consórcio com a IBM Blockchain pode ajudar a criar uma maior eficiência e servir como fundação de um sistema robusto para uma colaboração massiva», acrescenta. A falta de transparência e rastreabilidade nas cadeias mundiais de aprovisionamento esteve em destaque no ano passado quando a Target Corporation retirou toda a roupa de cama produzida pela Welspun Global Brands por preocupação com a origem do algodão usado nos seus produtos.
3. Maidenform avança para o activewear
A produtora de vestuário íntimo Maidenform entrou no mercado do activewear, revelando a sua primeira gama de soutiens de desporto. Para além de quatro soutiens de performance, a nova linha Maidenform Sport inclui uma tanga “um tamanho serve a todas” e cuecas biquíni. De acordo com a empresa, detida pela Hannesbrands, a gama está equipada com características como fechos de correr seguros, alças completamente ajustáveis e copas com forro duplo, tornando-a versátil para diferentes níveis de atividade e ocasiões. Ao mesmo tempo, a tecnologia de gestão de humidade ajuda no controlo de performance e movimento para minimizar a deslocação. «Estamos entusiasmados com a nossa coleção Sport, que irá ter a mesma forma lisonjeadora, ajuste e apoio em que as nossas clientes fiéis confiam há anos», afirma Vicki Seawright, vice-presidente e diretora-geral da Maidenform. «Queremos assegurar que cada mulher tem o apoio que precisa para o seu estilo de vida ativo», acrescenta. A coleção, disponível nos grandes armazéns Kohl’s, estará disponível em vários tamanhos, cores e padrões. A Hannesbrands, uma das maiores produtoras mundiais de roupa interior e activewear, registou um forte crescimento no terceiro trimestre, com um aumento de 11% nas vendas, para 1,76 mil milhões de dólares (cerca de 1,65 mil milhões de euros), em comparação com 1,59 mil milhões de dólares no mesmo período do ano passado. A Hannesbrands indicou que o aumento foi impulsionado pelo crescimento orgânico na roupa interior e por um forte crescimento internacional relacionado com aquisições.
4. Marks & Spencer regressa ao crescimento
A estratégia da Marks & Spencer para se focar no valor e qualidade em vez de descontos «por reação e desesperados» deu os seus frutos no terceiro trimestre, com a divisão de vestuário da retalhista britânica a registar um aumento das vendas apenas pela segunda vez em seis anos. Para as 13 semanas até 31 de dezembro, as vendas de vestuário e artigos para a casa subiram 3,1% – cerca de 1,5% dos quais devido a uma mudança no período abrangido, que levou à inclusão de mais cinco dias nas vendas de dezembro durante a semana após o Natal. As vendas comparáveis subiram 2,3%, apesar de uma redução «substancial» nas promoções tanto na Black Friday como no período de Natal. Steve Rowe, diretor-executivo, afirmou que o vestuário beneficiou ainda de gamas melhores, melhor disponibilidade e melhores preços, acrescentando que «estou satisfeito com a resposta dos consumidores às mudanças que estamos a fazer em linha com o nosso plano para o negócio». As vendas do grupo aumentaram 5,9% em termos comparáveis, enquanto as vendas internacionais subiram 2,9%, graças a envios antecipados das gamas de primavera para os parceiros de franchise da M&S. Rowe, contudo, deixou um aviso sobre os resultados do quarto trimestre, que devem ser publicados a 24 de maio, que serão adversamente afetados por uma Páscoa tardia. No entanto, a retalhista mantém as suas previsões. «Num cenário de incerteza da confiança dos consumidores, o negócio continua focado em tomar as medidas estratégicas anunciadas no ano passado. Continuamos a gerir o negócio tendo em conta um futuro incerto no consumo», acrescentou o diretor-executivo.
5. Fujitsu apresenta etiqueta Rfid “invisível”
Está a ser desenvolvida uma nova mini-etiqueta Rfid para vestuário feita com materiais transparentes e praticamente invisível quando cosida no vestuário, sendo a arma mais recente na luta contra a contrafação. A etiqueta Rfid WT-A433L UHF da Fujitsu Frontech North America é a mais pequena desenvolvida pela empresa. Tem também uma maior durabilidade à lavagem. A empresa afirma que é praticamente indetetável quando colocada em vestuário, incluindo peças feitas em seda fina e renda, e permite a identificação de um artigo mesmo quando as etiquetas de vendas foram removidas. «A fraude e a contrafação na moda de gama alta está em alta. Colocando as etiquetas Fujitsu Fashion em vestuário e acessórios de gama alta pode dar confirmação da autenticidade de um artigo e também ajudar a reduzir incidentes de fraude», afirma Randy Fox, vice-presidente de vendas e marketing na Fujitsu Frontech North America Inc. «Os designers e produtores de moda vão beneficiar deste design pequeno, quase impercetível», acrescenta. Com apenas 37mm x 10mm x 0,3mm, a mini-etiqueta pode ser cosida em bainhas, costuras ou sob as etiquetas do produtor e pode ser lavada e secada nas máquinas domésticas, assim como passada a ferro. Foi pensada para ficar permanentemente em artigos de moda de gama alta, incluindo t-shirts, e acessórios. A nova etiqueta deverá ficar disponível no mercado no segundo trimestre de 2017.
6. Sri Lanka mais perto do estatuto GSP+
A Comissão Europeia propôs à União Europeia remover as taxas em 66% das linhas de taxas importadas do Sri Lanka, incluindo têxtil e vestuário, para restaurar o estatuto de beneficiário do GSP+. A eliminação, afirma, será em troca do compromisso do Sri Lanka de ratificar e implementar 27 convenções internacionais sobre os direitos humanos, condições laborais, proteção do ambiente e boa gestão. O Sri Lanka saiu do programa GSP+ da UE em agosto de 2010, após alegações de abusos dos direitos humanos nas fases finais da guerra civil de 30 anos que assolou o país. Em comunicado, a comissária do comércio Cecilia Malmström afirmou que «as preferências do GSP+ podem dar um contributo significativo para o desenvolvimento económico do Sri Lanka ao aumentar as exportações para o mercado da UE. Mas isto também reflete a forma como queremos apoiar o Sri Lanka na implementação de reformas nos direitos humanos, legislação e boa gestão. Estou confiante que vamos ver um progresso substancial nestas áreas e que o diálogo do GSP+ e características de monitorização vão apoiar este processo de reforma. Isso deve incluir legislação de contraterrorismo do Sri Lanka completamente compatível com as convenções dos direitos humanos internacionais». O Parlamento Europeu e o Conselho Europeu têm agora até quatro meses para levantar possíveis objeções antes das medidas entrarem em vigor. A UE é o principal mercado de exportação do Sri Lanka, absorvendo 36% do total das exportações, de acordo com a Comissão Europeia. Os têxteis e vestuário representam mais de metade do valor de exportação do país para a UE, que atingiu 2,1 mil milhões de euros em 2015. O Reino Unido é o maior mercado, representando cerca de 17,9% das exportações totais de vestuário.