Mundifios muda de casa

A empresa dedicada à produção e comercialização de fios irá mudar de instalações no primeiro trimestre de 2022. Com um investimento de 8 milhões de euros, a nova casa terá 12.000 metros quadrados e vai permitir concentrar num único armazém o stock da Mundifios, tornando o serviço de logística mais eficiente.

Rita Fernandes

Ano novo, casa nova. A Mundifios mudará para um novo edifício em Ronfe, no início de 2022, com «uma área de armazém de 12.000 metros quadrados, uma estanteria com uma altura de 17 metros e uma capacidade de armazenamento de 11.000 toneladas», revela, ao Portugal Têxtil, Rita Fernandes.

Com um investimento de 8 milhões de euros, as novas instalações «vão permitir concentrar o nosso stock num único armazém ao invés dos quatro atuais, tornando-nos, desta forma, mais eficientes no serviço de logística», prossegue a administradora.

A infraestrutura foi criada tendo em conta os atuais paradigmas da sustentabilidade. Painéis solares, sistema de reaproveitamento de águas e sistemas de iluminação com sensores de presença são algumas das soluções mais modernas «que cumprem os requisitos bastante apertados em termos de segurança e de sustentabilidade. Estas soluções implementadas permitirão minimizar ainda a fatura energética da empresa», acrescenta.

Produtos sustentáveis representam 30%

Em termos de produtos comercializados, «os artigos sustentáveis têm vindo a aumentar em linha com as solicitações do mercado e representam já mais de 30% do produto vendido pela Mundifios», com destaque para os orgânicos e reciclados «com as todas as certificações que os nossos clientes vão pedindo», explica Rita Fernandes.

Com uma quebra de cerca de 25% no volume de negócios em 2020, a Mundifios prevê «regressar em 2021 para níveis de vendas em linha com 2018, pelo que considerámos estar numa fase já de normalização do volume de vendas», afirma.

[©Mundifios]
O mercado interno é, de acordo com a administradora, uma das prioridades da empresa, onde «temos e teremos a nossa maior base de vendas» e onde «há muito ainda por fazer», sublinha.

Com um efetivo de 37 pessoas, a Mundifios tem ainda estado atenta ao problema global da falta de matérias-primas, mantendo o ritmo de compras para acomodar as necessidades dos clientes. «Existe mais um problema de preços altos nas origens do que um problema de falta de matéria-prima, influenciados por aumentos dos fretes marítimos e custos energéticos. Pensamos que, tal como sucedeu no passado, teremos uma estabilização no futuro», acredita Rita Fernandes.