A zona euro terá que tolerar que , em certos períodos, que podem ser longos, por razões que compreendemos, (…) como agora, desvios da inflação acima do tecto dos 2%, adverte Eugenio Domingo Solans, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), em entrevista ao Diário Económico. A estabilidade de preços, definida pela autoridade monetária da Zona Euro como inflação no intervalo entre 0% e 2%, é um objectivo de médio prazo, diz Solans. Deste modo, Solans justifica a razão do último corte que o banco central efectuou nas taxas quando a subida anual dos preços no consumidor ultrapassou o limite do previsto sem que se esperasse um regresso antes de 2002. A médio prazo, afirma o responsável do BCE pelas operações de transição física para a nova moeda, as perspectivas de estabilidade são boas.