Zippy no top mundial da moda infantil

A marca portuguesa ocupa o 10.º lugar na lista das líderes da moda de criança, de acordo com o estudo El Mapa de la Moda 2023. O ranking é encabeçado pela americana Carter’s.

[©Zippy]

Produzido pela Moda.es e patrocinado pela Big Commerce, o estudo El Mapa de la Moda 2023, publicado este mês, revela que a moda infantil sentiu dificuldades em 2022. «Embora a maioria das empresas do sector não esteja listada, dificultando a extração de resultados atualizados, a tendência foi negativa em 2022, com uma queda estimada nas vendas de mais de 10%», escreve a Moda.es, que acrescenta que o sector está «condicionado pela queda geral da natalidade e pela complexidade de ganhar escala».

A Zippy, que integra a Zeitreel, o negócio de moda da Sonae, parece, contudo, estar a contornar esta tendência negativa. Os números recolhidos no estudo indicam que a Zeitreel aumentou em 12% as suas vendas e que a Zippy contava, em 2022, com 110 lojas próprias e 600 pontos de venda multimarca, espalhados por 45 países. «A Zippy acelerou a sua expansão internacional nos últimos anos», refere o documento.

A Sonae continuou ainda a fundir a estrutura da Zippy com a da Losan, marca espanhola que o grupo português adquiriu em 2015, um processo que «começou em 2019 e culminou em 2022 com a fusão das duas empresas, embora cada marca continue a operar com uma insígnia independente [em Portugal apenas existe como Zippy]. A internacionalização voltou a ser o motor das duas sociedades, que desde 2023 são lideradas por Catarina Leão».

Francesas em maior número

Números que valeram à Zippy o mesmo 10.º lugar que ocupava no ano passado neste ranking, que na liderança tem a americana Carter’s, que em 2023 deverá faturar 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros), apesar da queda de 8% nas vendas no ano passado. Em 2022, «sentiu a desaceleração do consumo no seu mercado local», aponta a Moda.es, que dá conta de uma queda de 26% nos lucros líquidos. «O grupo, que também desembarcou na Argentina no último ano fiscal, é um dos poucos operadores de moda que manteve as suas operações na Rússia, apesar da invasão na Ucrânia», acrescenta.

Em segundo lugar surge o chinês Semit, que sentiu igualmente o abrandamento na procura, tendo registado uma queda de 13% nas vendas, para mais de 13 mil milhões de yuans (cerca de 1,63 mil milhões de euros). «O Semir sustenta que, em 2022, o consumo per capita de vestuário por parte dos chineses baixou 3,8%», realça o Moda.es. «O grupo foi um dos muitos operadores chineses de moda que mostrou o seu apoio à produção de algodão em Xinjiang», destaca a publicação espanhola.

O terceiro lugar é ocupado pela americana The Children’s Place, que reportou uma descida de 10% das vendas, para 1,7 mil milhões de dólares. «A empresa reduziu a sua rede de lojas e encerrou o ano fiscal com 613 pontos de venda», o que vai ao encontro do seu plano de estratégico, que passa pela aposta no digital, que deverá ser o principal canal de venda no futuro.

Os outros lugares deste top 10 são ocupados, respetivamente, pelas francesas ÏD Kids e Orchestra, pela espanhola Mayoral, pela britânica Mothercare e pelas francesas CWF e Petit Bateau.