Criada pela dupla de designers Sérgio Gameiro e Filipe Cardigos, a Wetheknot conta já com 10 anos de existência no mercado e, desde os primeiros passos, a marca pretende dar resposta às necessidades da vida contemporânea usando matérias-primas sustentáveis. «Trata-se de uma marca portuguesa de vestuário casual, descontraída e versátil. Através da sua estética muito clean e minimalista, a roupa e os acessórios adaptam-se às diversas ocasiões do quotidiano», explica Sérgio Gameiro, fundador e gerente da marca.
O percurso da Wetheknot partiu de um «grande interesse» por materiais inovadores e sustentáveis, que levou ao desenvolvimento de um projeto de upcycling em que os tecidos eram transformados em edições limitadas de calções de banho masculinos. «[A marca] surge em 2010 com a primeira coleção de calções, WET, feitos a partir do reaproveitamento de tecidos de guarda-chuva danificados», revela ao Portugal Têxtil.
Sempre seguindo um conceito «minimalista, funcional e sustentável», a Wetheknot criou uma coleção de acessórios funcionais em pele vegan como alternativa à pele animal, uma decisão que fez com que a bolsa desta coleção se tornasse o produto mais «icónico da marca» com um «lugar de destaque» junto dos consumidores, afirma o fundador.
Vivências com novo sentido
A Wetheknot, cujo objetivo é «oferecer vestuário e acessórios de qualidade e elevada durabilidade», possui, além da coleção permanente que está disponível todo o ano, ultrapassando barreiras de sazonalidade, a coleção “What day is it today?”. É em temos de mudança e de adaptação que surge a mais recente coleção limitada da marca, que foi desenhada para se adaptar a novas rotinas onde o espaço pessoal e profissional se funde num só. «As vivências diárias ganham um novo sentido e, por isso, devem ser olhadas e experienciadas de outra perspetiva – o “comum” e o “normal” dão lugar a novas formas de estar, viver e comunicar», resume a marca.
A “What day is it today?” foi pensada para complementar as peças da coleção permanente da Wetheknot, cuja produção é realizada maioritariamente no norte de Portugal e em pequenas produções em Lisboa. A coleção é composta por t-shirts com cores primaveris, long-sleeves e sweatshirts adequadas para a meia estação, onde se destacam as malhas de algodão. «Tentamos ao máximo optar por matérias-primas orgânicas e com certificação Oeko-Tex e GOTS. Somos fãs de algodão orgânico», confessa Sérgio Gameiro. Estão também disponíveis um blusão, calções de ganga, uma camisa de algodão cardado e ainda acessórios como malas e bonés.
Tempo de refletir
Com o mote “everyday, everywhere”, a Wetheknot, que se destina a um público «contemporâneo, exigente e informado», está disponível na plataforma online e também em vários pontos de venda. «Um público que tem um estilo de vida urbano e que viaja com frequência e que necessita de roupas práticas e com qualidade para se adaptar a qualquer situação. Estamos em várias lojas multimarca, nacionais e internacionais, e na nossa loja física, que partilhamos com duas marcas, em Lisboa, no Bairro Alto», esclarece Sérgio Gameiro.
O ano de 2019 «foi um ano de crescimento económico e de recursos humanos e também um ano de consolidação da marca e dos seus valores», reconhece. Para 2020, a aposta é no crescimento online, mesmo na situação sem precedentes de pandemia. «A nossa loja está encerrada, bem como as lojas dos nossos parceiros. Está a ser uma altura para refletir e desenhar novas estratégias de comunicação e venda», admite o fundador e gerente da marca que está presente a nível nacional, na Europa e nos EUA.
«Marcar uma presença online cada vez mais forte e diferenciadora dos concorrentes, desenhar a nova coleção para o final do ano e implementar uma plataforma para clientes de revenda» são os próximos passos para a Wetheknot, afiança Sérgio Gameiro.