Desde o seu aparecimento enquanto fenómeno, há menos de uma década atrás, o comércio electrónico sobre a plataforma Internet cresceu a um ritmo acelerado. A sua maturidade e evolução tem-se demonstrado em termos tecnológicos, de negócio e de uma forma transversal a quase todos os sectores. Na fileira moda e, numa altura de estagnação das vendas no retalho tradicional, este canal tem demonstrado um dinamismo impressionante. Qualquer marca ou cadeia de retalho de moda com alguma representatividade tem, nos dias de hoje, uma montra virtual onde expõe e vende os seus produtos. As lojas virtuais mais avançadas oferecem, actualmente, experiências de compra cada vez mais interactivas e brindam os seus clientes com uma grande diversidade de opções para seleccionarem e comprarem os seus artigos de moda, assim como para obter esclarecimentos para as suas questões em tempo real e on-line. Muita dessa tecnologia existe, por “detrás do pano”, para “conhecer” o cliente através da captura de dados sobre o seu perfil psico-demográfico, das suas preferências e da forma como este percorre os catálogos electrónicos. Tudo isto com o intento de lhe oferecer (ao cliente – aquele que tem que ser capturado, retido e fidelizado) uma experiência mais rica e personalizada, com tudo o que ele possa considerar de mais relevante ou interessante. Por outro lado, a separação entre os diversos canais de compra/venda começa a esbater-se. Por exemplo, alguém que compra uma saia ou uma blusa na loja on-line da marca espanhola Mango pode, após receber a encomenda em sua casa e verificar que afinal veste um tamanho inferior, dirigir-se à loja mais próxima e trocar esse artigo. Nos próximos anos espera-se que o sector de retalho de moda on-line continue a apresentar crescimentos exponenciais, à medida que se vai consolidando em mercados como o norte-americano, o europeu e o das economias emergentes. Dentro desse crescimento, o negócio da moda on-line vai ser condicionado e estimulado por um conjunto reduzido de tendências. Estas tendências, apesar de já se verificarem, reforçarão a sua importância e influirão em grande medida na definição de quem vão ser os vendedores do “Cibermundo da Moda”. Não perca na próxima semana a segunda parte deste artigo onde revelaremos as tendências que vão marcar o “Cibermundo da Moda”. "Gestão e Estratégia na Fileira Moda" é patrocinado por: 
