Como já fora anunciado há algum tempo pelo seu administrador delegado, Giancarlo Di Risio, os prejuízos do grupo Gianni Versace cresceram fortemente em 2004.
No ano transacto, o défice da Versace atingiu os 95 milhões de euros, face aos 26,5 milhões de euros em 2003, tendo o seu volume de negócios que se cifrara em 403 milhões de euros neste ano descido para os 320 milhões de euros em 2004. A justificar esta quebra estarão, segundo os responsáveis do grupo, factores como o abandono de algumas áreas de negócio, como os relógios e os perfumes, agora entregues a parceiros internacionais através de contratos de licenciamento, que aliados à profunda reestruturação interna, fizeram de 2004 um ano de transição. Em 2005, a Versace prossegue a sua política de renovação, e liderada por Giancarlo Di Risio, colocou já em marcha a reorganização das suas linhas de vestuário, tendo eliminado a colecção Versace Classic de senhora, e apostando claramente na linha de acessórios de moda, que actualmente pesa apenas 4% nas vendas totais deste grupo, mas que poderá vir a contribuir com 30%, no espaço de 5 anos. Ainda segundo as previsões dos seus responsáveis, a Gianni Versace deve continuar a dar prejuízo no corrente ano, mas em 2006 deverá voltar aos lucros, estando o equilíbrio financeiro previsto apenas para 2007.