Vendas estáveis na H&M

No segundo trimestre do ano fiscal, entre 1 de março e 31 de maio, as vendas da H&M em moedas locais mantiveram-se semelhantes às do mesmo período do ano passado. A retalhista atribui os resultados a condições meteorológicas desfavoráveis, que deverão ser ultrapassadas neste terceiro trimestre.

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Nestes três meses, as vendas da H&M atingiram 57,62 mil milhões de coroas suecas (cerca de 5 mil milhões de euros), o que representa uma subida de 6% em termos líquidos.

«As vendas no segundo trimestre foram afetadas por condições meteorológicas desfavoráveis, em comparação com o período correspondente do ano passado, em vários dos principais mercados do grupo H&M», escreve a retalhista num breve comunicado.

O tempo frio na Europa nos últimos meses terá prejudicado a procura por roupas de verão na H&M, que está mais exposta aos países nórdicos do que alguns dos seus rivais, como a Inditex, que tem o seu principal mercado em Espanha, onde as temperaturas estiveram mais altas.

Os números provisórios (os finais serão apresentados no final do mês, juntamente com o relatório semestral) agora revelados ficaram abaixo das previsões médias dos analistas consultados pela Reuters, que apontavam para um crescimento de 1%.

Já junho, indica a H&M, «teve um bom início», dando margem para uma visão mais otimista a curto prazo.

Analistas do Royal Bank of Canada, citados pela Reuters, acreditam que o terceiro trimestre da retalhista sueca, que decorre até agosto, será ajudado pelo tempo mais quente.

E Nicklas Skogman, analista do Handelsbanken, refere que o consenso do mercado para o terceiro trimestre é de um crescimento de 5% das vendas em moedas locais.

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Um aumento previsto do turismo na Europa no terceiro trimestre, com números recordes previstos para alguns mercados, também deverão ajudar a H&M, destaca Jie Zhang, analista no AlphaValue.

A H&M decidiu começar uma estratégia de poupança em 2022, depois de um pico nos custos, que foi apenas parcialmente passado aos consumidores, e o crescimento das suas vendas tem ficado atrás do da Inditex, assim como de rivais online como a Shein, aponta a Reuters.

Ainda assim, as perspetivas positivas da H&M, juntamente com os resultados fortes da Inditex, tranquilizaram os analistas em relação ao sector do retalho, apesar da maior seletividade dos consumidores nas suas compras, face aos aumentos de preços que têm minado o seu poder de compra.

«Retalhistas com uma marca forte e distinta e uma proposta de valor muito clara, onde a qualidade do produto é essencial, vão emergir como vencedores num ambiente mais difícil», acredita Erin Brookes, diretora de retalho na consultora Alvarez & Marsal, citada pela Reuters.