As vendas líquidas aumentaram 6%, para 60,9 mil milhões de coroas suecas (cerca de 5,11 mil milhões de euros), ficando abaixo dos 63,5 mil milhões de coroas suecas esperados pelos analistas.
Excluindo as operações na Rússia, na Bielorrússia e na Ucrânia, as vendas da H&M subiram 8% em coroas suecas. A H&M abriu as lojas na Rússia entre agosto e novembro do ano passado para vender stocks antes de as encerrar permanentemente. A H&M anunciou que vai reabrir as lojas na Ucrânia em novembro, depois de terem estado fechadas desde a invasão da Rússia.
Os analistas consultados pela Reuters afirmam que a H&M está no meio do mercado e que está a ser pressionada por todos os lados – pela Inditex, que está a ser mais atrativa para os consumidores mais aspiracionais, e pelas retalhistas de ultra-fast-fashion Shein e Primark, que a conseguem bater pelo preço.
Atualmente, referem, todos os olhos estão postos na capacidade da H&M, que também detém a Arket, a Cos, a Monki, a & Other Stories e a Weekday, em melhorar as suas margens de lucro. A retalhista afirma que os esforços para atingir o seu «objetivo de atingir uma margem operacional de 10% em 2024 estão a seguir na direção certa», acrescentando que «a rentabilidade e os níveis de inventário tiveram prioridade neste trimestre».
Num sinal dessa estratégia, a H&M tornou-se relativamente mais cara esta estação, segundo um estudo de analistas da RBC sobre os preços do vestuário no Reino Undio publicado no final de agosto.
«O mais importante a curto prazo é se a H&M vai ser capaz de ter as suas margens de volta», acredita Jie Zhang, analista na AlphaValue, citado pela Reuters.
As ações da retalhista sueca subiram cerca de 50% este ano à medida que as vendas foram subindo e depois do corte de custos anunciado no ano passado ter começado a dar frutos, mas a concorrência intensa começou a afetar a retalhista.
Enquanto a H&M teve dificuldades em passar o aumento dos custos para os consumidores através de preços mais altos, a Inditex subiu os preços mais cedo e gastou em marketing para elevar a marca Zara, por exemplo, ao trabalhar com o fotógrafo de moda Steven Meisel.