Tommy Hilfiger premeia ideias inclusivas

A terceira edição do programa global dedicado a encontrar e apoiar ideias que conduzam a uma indústria da moda mais inclusiva, que é promovido pela Tommy Hilfiger, aconteceu virtualmente em dezembro último e premiou seis finalistas que entregaram os seus conceitos a um prestigiado painel de jurados, entre os quais a ativista Yara Shahidi e o fundador da marca, Tommy Hilfiger.

Os dois grandes vencedores de 2021, Lalaland e Uzuri K&Y, partilharam um prémio de 200.000 euros e receberão ainda um ano de mentoria com especialistas internos da Tommy Hilfiger e do INSEAD, uma das principais e maiores escolas de negócios de pós-graduação do mundo.

A Lalaland, uma plataforma com sede nos Países Baixos, explora a inteligência artificial para gerar modelos sintéticos, personalizados e inclusivos, de diferentes etnias. «Criar tecnologia que impulsione uma plataforma de e-commerce mais inclusiva e diversificada está no centro da nossa visão na Lalaland», explicou Michael Musandu, co-fundador, e CEO da Lalaland. «Fazer parte do Tommy Hilfiger Fashion Frontier Challenge trouxe perspetivas incríveis e elevará a nossa solução de I.A. para alcançar mais pessoas do que poderíamos ter imaginado. Através deste feito, a nossa equipa está entusiasmada para dar poder a uma experiência acolhedora de compras online, para que nenhum consumidor se sinta sub-representado», acrescentou.

Já a Uzuri K&Y, uma marca de calçado ecológica originária do Ruanda, utiliza pneus de automóvel reciclados da África Subsaariana e emprega jovens locais. «Sentimo-nos honrados por sermos nomeados e vencedores do concurso», afirmou Kevine Kagirimpundu, cofundador e CEO da Uzuri K&Y. «Esta oportunidade proporcionou-nos mentoria, orientação estratégica, e deu-nos uma plataforma para partilhar o nosso sonho de trazer opções de calçado sustentável de África para o mercado global. Dedicamo-nos a promover um impacto real e a inspirar os jovens de hoje a criar um futuro mais limpo», revelou.

A favorita do público

Por seu lado, a Clothes to Good de África do Sul, uma empresa social que cria oportunidades de micronegócios e trabalho para pessoas com deficiência através da reciclagem têxtil, foi galardoada com 15.000 euros, um prémio atribuído pelos associados da Tommy Hilfiger em conjunto com os fãs da marca, que selecionaram esta empresa como a “Favorita do Público”.

Esta terceira edição contou com candidaturas de 430 startups provenientes de 22 países, tendo por base a visão de sustentabilidade da Tommy Hilfiger para o “Waste Nothing and Welcome All”.

O programa, nesta edição, procurou sobretudo ampliar e apoiar os empresários Negros, Indígenas e Povos de Cor (BIPOC na sigla original) que trabalham para fazer prosperar as suas comunidades, ao mesmo tempo que promovem um futuro mais inclusivo na indústria da moda.

«Este desafio de fortalecimento reuniu indivíduos apaixonados e trabalhadores, com novas ideias sobre como criar um futuro na moda que todos desejamos», assegurou Tommy Hilfiger. «Foi um evento final impressionante, e tenho orgulho em continuar esta viagem com os empresários que apresentaram soluções inovadoras, impactantes e que desafiam a forma como pensamos, construímos e criamos», salientou.