Tommy Hilfiger ataca o mercado europeu

O período de maus resultados da marca americana parece ter definitivamente terminado, com os resultados do primeiro trimestre deste ano a apresentarem-se positivos, contrariando as recentes tendencias negativas e surpreendendo os analistas. Neste contexto de franca recuperação, para maximizar as oportunidades de crescimento, a Tommy Hilfiger Corp. tomará controlo total dos seus negócios europeus. Depois da empresa ter solucionado o principal problema do ano passado realizando uma gestão de stocks mais eficiente, a marca assinou um contrato definitivo para adquirir todas as acções da sua licença europeia, T.H. International NV, por 47 milhões de contos, sendo que a compra deverá estar terminada no final do corrente mês. O ano fiscal que terminou a 31 de Março rendeu à Tommy Europe cerca de 24 milhões de contos, prevendo-se um aumento de 47% das receitas para o corrente ano fiscal, chegando aos 35 milhões de contos. De acordo com os termos da transacção, Hilfiger irá também assumir as dívidas da Tommy Europe a curto prazo. O negócio está a ser criado com a utilização de dinheiro disponível, que mais tarde irá render cerca de 4 a 6 cêntimos aos ganhos da companhia por acção. A Europa é o maior mercado de Hilfiger no estrangeiro em termos de vendas e distribuição. A Tommy Europe comercializa e distribui roupas da marca para mulher, homem e crianças para mais de 20 países em toda a Europa e Médio Oriente com licença da companhia. Neste momento a empresa tem 3.000 pontos de distribuição. O administrador da Tommy Europe, Joel Horowitz, afirmou que esta é «a altura certa de maximizarmos as oportunidades de crescimento da Tommy Europe para os nossos accionistas (…) O nosso objectivo é potenciar os multi-canais existentes e a plataforma operacional pan-europeia, para nos expandirmos pela Europa». Para isso contribuem já acordos de distribuição com alguns países, entre os quais se encontra Portugal. A marca Tommy Hilfiger tem uma colecção que não se destingue em quase nada da concorrência, tornando o sportswear e os jeans para homem continuamente vulneráveis, o que fez que no passado trimestre, este grande segmento na Hilfiger, caísse cerca de 4,4%. Segundo o analista Stacy Pak, a progressão de 8,4% fica a dever-se inteiramente ao sucesso dos saldos. O segmento feminino conseguiu reencontrar o sucesso graças a um estilo clássico mas modernizado. Não esquecendo que os acessórios e linhas de banho são particularmente importantes e inovadoras para o seu crescimento. Hilfiger testou no passado mês de Março, em 150 boutiques, as novas roupas em denim, provando assim, que mesmo o estilo não sendo 100% inovador, junto dos jovens europeus, a marca é capaz de chegar ao mercado dos novos produtos em 2 ou 3 meses, confirmando a nova atitude mais pro-activa da empresa.