Tintex desenvolve têxteis para terapia muscular

No âmbito do Wear2Heal, a empresa está a trabalhar com o CeNTI, CITEVE e Faculdade de Desporto da Universidade do Porto para criar estruturas têxteis avançadas que permitam a electroestimulação, o aquecimento e a compressão para massagem localizada, de forma a ajudar na recuperação muscular após a atividade física.

A Tintex continua a reforçar a sua política de inovação com novos projetos. O mais recente, batizado Wear2Heal, surgiu em resposta ao aumento da prática desportiva, que embora com efeitos positivos ao nível do bem-estar, cria igualmente desafios ao nível da recuperação muscular.

«A recuperação é um processo coadjuvado de diversas formas, sendo a terapia muscular pós-exercício um instrumento valioso para otimizar ganhos de funcionalidade associados ao processo de treino. Assim, para além do exercício de baixa intensidade, os métodos habitualmente utilizados para recuperação após estímulo são a electroestimulação, o aquecimento, a compressão e a massagem», esclarece o enquadramento do projeto numa notícia do Compete, que cofinancia o projeto, que tem um investimento elegível de cerca de 948 mil euros.

O Wear2Heal pretende, por isso, «desenvolver soluções inovadoras com vista à otimização do processo de recuperação após a prática desportiva, recorrendo a tecnologias emergentes associadas a materiais e processos, nomeadamente a integração e impressão de dispositivos eletrónicos», indica o CeNTI no seu website.

Metas ambiciosas

O projeto tem como objetivos principais: o desenvolvimento de sistemas inteligentes de massagem e compressão, com uma atuação ao nível da estrutura têxtil, por introdução de materiais com memória de forma integrados por processos têxteis; o desenvolvimento de sistemas inteligentes para electroestimulação e aquecimento, com uma atuação ao nível da estrutura têxtil, por introdução de fios/fibras condutores, e ao nível do acabamento, através de eletrónica impressa e integrada; e o desenvolvimento de uma solução integrada com ambos os sistemas.

[©CeNTI]

«Através de soluções tecnológicas focadas no desenvolvimento de estruturas têxteis para monitorização biométrica, tratamento e recuperação de lesões físicas, este projeto irá melhorar a qualidade de vida não só de praticantes de desporto, como também de pessoas com doenças crónicas ou de faixas etárias mais avançadas, estimulando a atividade física segura», resume o Compete.

Em abril do ano passado, mais ou menos a meio da duração prevista do projeto – que teve início em julho de 2019 e deverá ficar concluído em junho deste ano –, Pedro Magalhães, diretor de inovação da Tintex, revelou, citado pelo Compete, que o Wear2Heal tinha já conseguido «resultados promissores a nível laboratorial», sendo a próxima fase a «otimização destas soluções tendo como objetivo o scale up das mesmas», até porque há já manifestações de interesse por parte do mercado. «O conceito do projeto tem garantido o interesse de diversas entidades, tendo em vista a utilização e aplicação do produto final», assumiu Pedro Magalhães.

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