Tiago Bessa foi um dos 10 designers selecionados por um júri presidido por Charles de Vilmorin, que além da marca epónima é diretor artístico da Rochas, e que inclui ainda Antoine Gagey, diretor-geral da casa de moda Jean-Paul Gaultier.
O designer português concorre com Alec Rhys Bizby, do Reino Unido, Fengyuan Dai, de França, Igor Dieryck, da Bélgica, Petra Fagerstrom, da Suécia, Leevi Ikäheimo, da Finlândia, Eun Lee, da Coreia do Sul, Norman Mabire-Larguier, de França, Bo Kwon Min, da Coreia do Sul, e Marc Sanz Pey, de Espanha.
Porta aberta ao mundo
Os nomeados vão competir pelo Première Vision Grand Prize, o prémio principal, mas também pelo prémio 19M Chanel Métiers d’Art, o prémio para a coleção mais sustentável Mercedes-Benz e o prémio Atelier des Matières, que foi introduzido em 2022.
O prémio principal atribui uma bolsa de criação no valor 20 mil euros e a presença na Première Vision em fevereiro de 2024 – nesta próxima edição da feira parisiense, que se realiza de 7 a 9 de fevereiro, os finalistas irão visitar o certame e terão acesso privilegiado a fios, tecidos e acessórios, revela a Première Vision. O reconhecimento dá ainda acesso o um projeto de colaboração com a Métiers d’Art, à volta do mesmo valor, para além do desenvolvimento de coleções-cápsula e parcerias com diversas entidades francesas da área da moda.
Já o galardão 19M Chanel, criado com o apoio da Chanel e apoiado pelo Atelier des Matières, uma iniciativa de responsabilidade social e ambiental que trabalha para dar uma nova vida a materiais não usados e produtos acabados não vendidos, atribui uma seleção de tecidos e peles no valor de 10 mil euros ao designer que impressione o júri com a utilização de materiais upcycled.
As decisões do júri serão feitas com base «na criatividade, na sua originalidade e na forma como se podem posicionar no mundo real, numa indústria real», explicou Charles de Vilmorin no anúncio dos nomeados. Nos próximos seis meses, os finalistas devem «avançar, não se questionarem muito» se quiserem impressionar o júri, afirmou.
O Festival de Hyères, que contempla, além da moda, um concurso para acessórios e outro para fotografia, já consagrou o também português Felipe Oliveira Baptista em 2002.