A China prepara-se para disponibilizar vários milhões de euros para ajudar os sectores têxtil e petroquímico, gravemente afectados pela crise económica mundial. Segundo um projecto que carece ainda de aprovação governamental, deverão ser consagrados, até ao final de 2010, 100 mil milhões de yuans (11,3 mil milhões de euros) para a modernização das refinarias do país, para que sejam capazes de produzir combustíveis com menos enxofre e outros poluentes, indica o China Business News. Pequim desbloqueará também 400 mil milhões de yuans para cerca de 20 projectos ligados a esta iniciativa e para aquisições no estrangeiro, de acordo com a mesma fonte. O governo deverá igualmente divulgar em breve um plano para beneficiar o sector têxtil, cujos resultados registaram, este ano, uma quebra (1,8% nos 11 primeiros meses do ano), algo que não acontecia desde o início da década, revelou o Shanghai Securities News. Este plano compreende ainda subvenções a taxas preferenciais. Nas últimas semanas, Pequim anunciou várias medidas para ajudar diversos sectores em dificuldade, como é o caso dos transportes aéreos, da siderurgia e da indústria automóvel. A imprensa evocou igualmente outras medidas a favor de diferentes indústrias, como os estaleiros navais ou os produtores de electricidade. Este conjunto de acções poderá fazer parte de um grande plano de estímulo da economia, decidido em Novembro pelo governo e avaliado em cerca de 4 biliões de yuans (aproximadamente 455 mil milhões de euros), o qual deverá ter efeitos até ao final de 2010. Este plano – que será financiado, em menos de metade, pelo governo central – compreende investimentos massivos, sobretudo em infra-estruturas, mas também medidas fiscais. A economia chinesa registou um crescimento de 9% no terceiro trimestre de 2008 em relação ao mesmo período de 2007, o crescimento mais fraco dos últimos cinco anos, e que deverá ainda ser menor no quarto trimestre.