A reforçar a equipa comercial, a Tetribérica quer conquistar clientes na Escandinávia. «São muito sustentáveis e valorizam produtos de valor acrescentado. É um mercado que tem já o conceito de sustentabilidade enraizado há muito tempo e os nossos produtos encaixam-se na perfeição», afirma a sales account manager, Juliana Bertolozzi.
Os EUA estão também no radar da Tetribérica porque «têm muitas marcas que abandonaram o Oriente para centrar a sua produção na Europa, em busca de produtos inovadores e também mais sustentáveis. Preferem pagar mais e terem o selo “made in Europe”», adianta ao Portugal Têxtil.
A par destes dois mercados, a empresa tem desenvolvido a sua atividade positivamente no Reino Unido e na Alemanha, tendo ambos dado um grande contributo para atingir um volume de negócios de 7,5 milhões de euros em 2020, um valor que deverá crescer 15% no final do corrente ano.
Segundo Juliana Bertolozzi, a pandemia veio acelerar a procura por produtos sustentáveis e dinamizar ainda mais a economia circular. «Acredito que a oferta da Tetribérica se encaixa neste novo momento, neste novo cenário, porque tem esta consciência com o ambiente e com o mundo e, ao mesmo tempo, proporciona conforto e elegância ao consumidor».
A empresa tem vindo a juntar-se ao movimento “vede”, depois de 25 anos a trabalhar com a indústria do fast fashion e hoje tem uma produção 85% desenvolvida com matérias-primas amigas do ambiente. O objetivo é, no entanto, chegar aos 99%. «Nós também estamos focados na inovação, de procurar o que há de mais sustentável no mercado, esse é o nosso caminho. Não nos interessa só aumentar os clientes, mas sim que tenham os mesmos valores que nós», salienta a sales account manager.
Tentar eliminar os processos mais nocivos para o meio ambiente é preocupação da Tetribérica, que tem dado preferência nas suas coleções a fibras como o algodão orgânico, algodão reciclado, poliéster reciclado e liocel.
Moda sem género
Na coleção para o outono-inverno 2022/2023, apresentada na Munich Fabrics Start, destaca-se a linha Genderless da Barrio Santo, marca da Tetribérica, «que não tem perfil definido, fala-se muito isso hoje no mundo. Não caracterizar. É uma coleção que abrange qualquer pessoa, independentemente do seu género, muito sportswear e fitness wear confortável e com materiais sustentáveis», explica a creative product manager, Catarina Ribeiro.
A Barrio Santo é uma marca tem por base o private label, embora seja também comercializada ao consumidor final através do instagram. As etiquetas são ainda em papel e contém sementes, que «podem ser plantadas num vaso ou na terra e nascerá camomila ou lavanda», revela a Creative Product Manager.