Instalações, exposições e workshops atraíram mais de 300 mil pessoas à semana de design de Milão, que fechou portas no último domingo, 22 de abril. Cerca de 2 mil expositores marcaram presença no evento anual.
Expositores inesperados
Nos últimos anos, a semana de design de Milão transformou-se num verdadeiro recreio para algumas das maiores marcas do mundo, que ali se encontram para mostrar os seus últimos brinquedos.
Fundado há mais de 50 anos como feira de mobiliário, o certame assumiu-se, gradualmente, como plataforma para a inovação, que gigantes como a Pepsi, Ikea e Lexus usam para revelar as suas proezas no design.
Este ano, foi a vez da Sony e da Google seduzirem Milão com inovações tecnológicas que caminham, lado a lado, com o design.
Em 1998, a ditadora de tendências Li Eldelkoort usou a expressão “software” para determinar o estilo de vida do futuro. Este ano, “Software” foi o nome escolhido pela Google para batizar a sua primeira exposição na semana de design de Milão.
A gigante tecnológica coordenou esforços com Li Edelkoort e a designer Kiki van Eijk para explorar o potencial de design de tecnologias como o conjunto de realidade virtual Daydream VR ou as colunas Home Mini – quer embutidos em artigos decorativos, quer incluídos em espaços acolhedores.
As linhas curvilíneas e as superfícies macias, assim como uma paleta em tons neutros foram os truques usados pela Google para mesclar artigos high-tech com analógicos. Smartphones e chávenas de café e tábuas de madeira e assistentes de voz foram conjugados em perfeita harmonia.
A exposição esteve de portas abertas no Spazio Rossana Orlandi, entre os dias 17 e 22 de abril, surpreendendo pela abordagem inclusiva à tecnologia de ponta.
A exposição “Hidden Senses” da Sony focou-se mais na tecnologia, mas continuou a promover a sua inclusão nos espaços como objetos decorativos.
Com recurso a sensores e tecnologias de projeção, a Sony despertou diferentes sentidos dos visitantes, como a visão – com jogos de luz e sombra –, o tato e a audição.
“Hidden Senses” incluiu ainda “wall art” que respondia à presença e ao movimento dos visitantes e dispositivos que mostravam notificações personalizadas.