«Perante o congelamento de todas as discussões de investimento por parte dos nossos clientes, que sentimos logo no início de março, a Tajiservi sentiu, como todas as empresas do país e do mundo, com a exceção daquelas que já atuavam em áreas de negócio relacionadas com as necessidades provocadas pelo alastramento do vírus, que teria que reagir», justifica Júlia Petiz, CEO da empresa especialista em equipamentos e consumíveis para a indústria têxtil.
Entre diferentes iniciativas, que incluíram a certificação de matérias-primas para máscaras sociais e foco na impressão digital com as tintas ambientalmente sustentáveis e não-nocivas para a saúde, da Kornit, nasceu esta linha de produtos para desinfeção.

«A inquietude continuava e sentimos que não estávamos a dar tudo o que devíamos para contribuir para a recuperação da confiança em readquirir alguma normalidade. Eis quando uma notícia sobre a desinfeção de pessoas em aeroportos captou a nossa atenção. Iniciámos uma busca imediata das soluções existentes no mercado. Descobrimos que se poderiam usar químicos, ultravioletas e também ozono para fazer a desinfeção de pessoas e espaços», conta ao Portugal Têxtil.
Três tecnologias em simultâneo
São estas tecnologias que são usadas nos pórticos que a Tajiservi está agora a comercializar. As opções incluem um pórtico 3-em-1, uma versão mais completa que integra a desinfeção por desinfetante natural, ozono e radiação ultravioleta – que podem ser usados individualmente ou em conjunto –, a que se junta um sensor de temperatura e um dispensador de álcool-gel.
O pórtico Higi usa a desinfeção por desinfetante natural diluído em água, mantendo igualmente o controlo de temperatura e o dispensador de álcool-gel, enquanto o pórtico O3 usa a desinfeção por ozono. «O processo de desinfecão por ozono (O3) é vulgarmente reconhecido como esterilizador verde e eficiente. Após destruir vírus e bactérias, converte-se de novo em oxigénio normal (O). O ozono é gerado no local, sem consumíveis adicionais, fazendo deste um processo livre de poluição», sublinha a Tajiservi. A empresa desenvolveu ainda um aparelho compacto que usa ozono para desinfetar espaços.

«Efetuamos parcerias com empresas especialistas nestas soluções, quer no que se refere aos pórticos de desinfeção, como aos geradores de ozono e também aos químicos de desinfeção», adianta Júlia Petiz, que aponta as vantagens destes equipamentos face aos demais. «Os nossos pórticos distinguem-se das outras soluções já disponibilizadas no mercado por fazerem a medição de temperatura e porque termos modelos em que combinamos diversas soluções de desinfeção em simultâneo, enquanto outras soluções no mercado português apenas disponibilizam desinfeção através de soluções químicas, que nós também disponibilizamos, e sem disponibilizarem a solução de medição de temperatura», destaca.
Soluções transversais
A linha acabou ainda por dar origem a uma nova marca. «Entendemos que não fazia sentido comercializar estas soluções sob a identidade principal da empresa e, por isso, decidimos criar uma nova marca, a Higibox, que se encontra em processo de registo», indica a CEO.

A comercialização destes equipamentos já começou e a empresa dispõe de unidades para entrega a partir da segunda semana de julho. «Pretendemos com a implementação das nossas soluções aumentar a segurança de todas as instituições, bancos, indústrias, comércios, restaurantes, lares, clínicas, hospitais e de todos os negócios que assim o pretendam», conclui Júlia Petiz.