Stocks de fio e tecido no mundo

A produção mundial de fios e de tecidos estabilizou durante o primeiro trimestre de 2003, verificando-se uma pequena variação no nível geral de produção (fio: +0,1%, tecido: -0,2%). Os dois sectores completaram o seu terceiro trimestre sem que seja possível estabelecer uma clara tendência direccional a partir da produção agregada. Os níveis de inventário continuam altos nos tecidos e começaram a subir novamente no fio. A estabilidade geral na produção global esconde as divergências regionais, em especial no sector de fios. O primeiro trimestre demonstrou ainda uma acentuada tendência negativa nas encomendas de fio e de tecido. No período de 1 ano, a produção mundial de fio cresceu 1%. A produção asiática aumentou 4,6% compensando o impacto da menor produção do Brasil com -13%, da Europa com -2,5% e dos EUA que registaram -1,1%. Relativamente à produção anual de tecidos, a Ásia foi o único continente a manter um crescimento anual de 9,7%, enquanto os EUA diminuíram a sua produção em 10,3% no período de um ano. Esta tendência encontra-se em linha com as variações negativas registadas na Europa e no Brasil de 2,4% e 1,2% respectivamente. Como resultado, a produção mundial de tecido sofreu uma ligeira alteração de + 0,7% ao longo do ano até ao mês de Março. Impulsionado pelos dados revistos em alta para o quarto trimestre de 2002, o nível mundial de stocks de fio aumentou desde os baixos níveis registados em meados de 2002. Os stocks subiram 6,6% no primeiro trimestre, posicionando-se 2,8% acima no período de um ano. Os stocks asiáticos e brasileiros subiram 11% e 19,1% respectivamente, enquanto se continuam a registar descidas na Europa (-6,7%) e nos EUA (-2,4%). Na Ásia os níveis de stock aumentaram na Índia, Paquistão e Coreia. Os níveis de stocks globais de tecido aumentaram 4,0% ao longo do trimestre, aproximando-se do valor máximo dos últimos três anos, verificado em meados de 2002. Apesar da pequena variação na Europa (+0,1%) os stocks aumentaram na América do Norte (+2,0%), Ásia (+4,6%) e América do Sul (+19,2%). Ao longo do ano, os stocks de tecidos mantiveram-se mais elevados (+3,4%). Os stocks asiáticos e europeus subiram em 7,5% e 6,9% respectivamente. Os stocks norte-americanos e sul-americanos desceram ao longo do ano até Março, em -4,2% e -2,4% respectivamente.