Nascida em 1987, inicialmente com o nome Semáforo, a SMF tem vindo a apostar na diversificação dos canais de vendas. Dentro de portas são oito lojas próprias e cinco armazéns de revenda e, para lá das fronteiras nacionais, a marca conta com cinco agentes/distribuidores. Sendo que, no total, «a SMF tem 400 clientes de revenda regulares em Portugal e 150 no estrangeiro», destaca João Ramos, diretor comercial da marca que arrancou com a sua internacionalização em 2011, ao Portugal Têxtil.
Se neste primeiro semestre Portugal, o principal mercado da marca, tem vindo a estagnar, o «estrangeiro tem crescido em vendas», com a particular participação do Reino Unido, Irlanda e Espanha. Para tal tem contribuído a presença em feiras, aposta de marketing que, em 2016, já levou a SMF à Panorama, em Berlim, e tem ainda voos agendados para a Pure London, Who’s Next, em Paris, e Momad Metrópolis, em Madrid.
Com um efetivo de 45 pessoas a trabalhar duas coleções por ano, a SMF tem ainda no pronto-moda a sua força-motriz, com produção de modelos novos todas as semanas. Com homens e mulheres de espírito urbano/sofisticado como público-alvo, a SMF vai boémia este verão. E o vestuário hippie chique, isto é, «os vestidos e túnicas com estampados étnicos», são os produtos com melhor performance nas vendas.
Estas e as restantes propostas da marca podem, desde abril, ser encontradas no novo espaço físico da SMF em Baixa da Banheira, na Moita. Um espaço com «400m2, muitos artigos de vestuário, calçado, malas, cintos, echarpes e bijuteria», enumera João Ramos.
A este investimento recente, soma-se ainda o desejo de abrir um espaço no coração de Lisboa, algo que faz parte dos planos da marca há algum tempo, sublinha o diretor comercial, para dar a conhecer a SMF aos consumidores nacionais mais desatentos.
Como alternativa aos pontos de venda físicos, a marca disponibiliza ainda as compras entre cliques, com um portal online para clientes finais e de revenda que, por esta altura de saldos, vê as vendas para os primeiros a «disparar». Contudo, como a prioridade é «satisfazer o cliente de revenda», a SMF não pode «concorrer com o mesmo, fazendo muitas promoções», explica João Ramos.
O diretor comercial revela ainda que objetivo principal do portal online é «aumentar a notoriedade da marca» e servir como uma «montra digital» para todos os clientes, facilitando as compras aos clientes de revenda que estão «mais distantes» dos armazéns da SMF. Nas compras digitais, também o mercado nacional tem o papel principal, mas vão já chegando encomendas de Espanha e do Reino Unido.
Com um 2015 fechado nos 3,5 milhões de euros, ao Portugal Têxtil, João Ramos adiantou que, no futuro próximo, a estratégia da marca vai passar por apostar na abertura de espaços em nome próprio e, depois, pela internacionalização dentro dos contornos europeus, para que a marca possa ir alargando o seu raio de atuação de dentro para fora. «Primeiro temos que ter mais lojas SMF próprias, para que se torne atrativo para os investidores. E também percebemos que primeiro temos que crescer mais na Europa antes de nos aventurarmos por países mais distantes», defende o diretor comercial salientando que, para já, a investida internacional passa por angariar agentes/distribuidores na Alemanha.