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As nações asiáticas estão a ajudar os sectores têxteis e de vestuário à medida que as suas economias recuperam. O crescimento económico na Ásia deverá atingir uma taxa de 7,5% em 2010, em comparação com o aumento de 5,2% do ano passado. Contudo, face à quebra da procura mundial, algumas nações asiáticas exportadoras de têxteis e vestuário estão a ajudar as suas indústrias para lidar com isso, de acordo com o relatório Outlook 2010 do Asian Development Bank (ADB). Na Índia, a segunda maior economia emergente da região, onde o crescimento das exportações voltou a ser positivo em Novembro após 13 meses de declínios em termos anuais, o governo «vai continuar com o subsídio nas taxas de juro de 2% sobre os empréstimos bancários a alguns sectores que são de mão-de-obra intensiva como o têxtil, couro, artesanato,… particularmente atingidos pela quebra na procura mundial», refere o relatório. Para o vizinho Paquistão, o relatório afirma que embora a produção tenha recuperado noutros segmentos industriais, a produção têxtil «continuou a contrair devido à baixa disponibilidade de algodão, falhas de electricidade e gás e uma relativamente fraca competitividade de produtos nos mercados internacionais». O ADB afirma que os subsídios à electricidade, que permaneceram elevados no ano fiscal de 2009 e são um fardo no orçamento do Paquistão, vão continuar no ano fiscal de 2010. De igual modo, o Cambodja aumentou as medidas de apoio para ajudar o sector de vestuário, que em 2009 viu o valor das suas exportações para os EUA a contraírem 20,9% face à quebra na procura e a uma erosão na quota de mercado para os concorrentes, como o Bangladesh. O ABD afirma que os dados preliminares mostram uma redução de 17% nas exportações de produtos do Cambodja em 2009, sobretudo devido à quebra nas exportações de vestuário para os EUA. As medidas introduzidas para impulsionar a produção industrial, que caiu 13% no ano passado, incluíram o alívio temporário das cargas fiscais para as indústrias de vestuário, e 10 milhões de dólares (cerca de 7,74 milhões de euros) para a formação de trabalhadores despedidos da indústria têxtil do Cambodja. No geral, as previsões do ADB apontam para que o valor das exportações da região aumente, em média, 14,4%, após o declínio de 16,2% no final do ano passado, com os envios indianos a aumentarem 16%, os da China 13,3% e aqueles que dependem fortemente das exportações de vestuário como o Bangladesh, a crescerem 5%, uma desaceleração em comparação com a expansão de 10,1% do ano passado, e as do Cambodja 5%.