Shein aterra em Lisboa

A retalhista chinesa de fast fashion online, que começou a explorar o canal físico em 2018, quando abriu a primeira loja temporária Shein em Nova Iorque, tem, nos últimos meses, replicado o conceito em várias cidades europeias, incluindo a capital portuguesa.

[©Klarna]

Lisboa entrou na rota das escolhas da Shein para a abertura de uma loja temporária. De 4 a 12 de junho, a marca de fast fashion abre portas de uma pop up store, criada em colaboração com a Klarna, na capital portuguesa. Esta aposta no retalho físico começou a ser testada em 2018, quando a retalhista chinesa abriu a primeira loja temporária, em Nova Iorque.

Após a pandemia, a Shein tem implementado o mesmo conceito de lojas pop up em diferentes locais dos EUA, o seu maior mercado, nomeadamente Las Vegas, Tempe, Austin, Dallas, Los Angeles, Miami e São Francisco.

No passado mês de setembro, a insígnia deu o salto para a Europa e replicou a estratégia em Paris, coincidindo com a semana de moda na cidade-luz. Este ano, Londres, Madrid e Lisboa foram as cidades escolhidas pela retalhista chinesa para abertura de espaços físicos.

A maioria dos especialistas estima que a aposta da Shein em lojas físicas temporárias é somente um golpe de marketing que ajuda a reforçar a imagem da marca e confere autenticidade diante do

[©Klarna]
público que continua a vê-la como a Amazon do vestuário e não como uma empresa de moda. Por outro lado, permite alcançar o público mais velho (entre os quais já é muito popular), que não está tão exposto às plataformas clássicas de comunicação da marca, como o Instagram e o  TikTok. «Funciona como um estudo para perceber qual é o comportamento dos consumidores, assim como a Amazon fez com as lojas Amazon Go», explica Javier Vello, head of EY Transforma. «Vejo isto como uma experiência», afirma ao modaes.es.

A Shein é já considerada a segunda plataforma de comércio eletrónico de moda mais visitada em Espanha, atrás apenas da Decathlon, e a maior operadora de fast fashion nos EUA. De acordo com as previsões da Morgan Stanley, este ano poderá tornar-se a maior marca de distribuição de moda do mundo.