Seis meses «excelentes» na Chargeurs

O grupo francês teve a segunda melhor performance semestral desde 2015, com um crescimento de 11,6% face ao período homólogo de 2019, para um volume de negócios de 372,4 milhões de euros, colocando-o bem posicionado para cumprir o objetivo de atingir 1,5 mil milhões de euros em 2025.

Chargeurs Protective Films [©Chargeurs]

Os resultados do primeiro semestre foram considerados «excelentes» pelo grupo Chargeurs, que compreende as divisões Protective Films, PCC Fashion Technologies, Museum Solutions, Luxury Materials e, mais recentemente, Healthcare Solutions, apesar de, em termos comparativos com 2020, representarem uma descida de 28,2%, provocada essencialmente pela quebra nas vendas de máscaras, que dinamizou o negócio da empresa francesa no ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do grupo foi de 46,3 milhões de euros, representando 12,4% do volume de negócios e um crescimento de 42,5% em comparação com 2019. O lucro líquido atribuível ascendeu a 24,7 milhões de euros, representando 1,06 euros por ação, o que, destaca o Chargeurs, é a segunda melhor performance semestral na história recente do grupo.

Por divisão, a Chargeurs Protective Films, dedicada a filmes de proteção, nomeadamente para aplicação em eletrodomésticos e construção, teve um aumento de 28,9% das vendas comparáveis face ao primeiro semestre de 2020 e de 28,8% em comparação com igual período de 2019.

Michaël Fribourg [©Chargeurs]
Já a Chargeurs PCC Fashion Technologies, que inclui a produção de entretelas, registou um crescimento das vendas de 7,3% em comparação com o primeiro semestre do ano passado, mas os 65,8 milhões de euros de volume de negócios significam uma quebra de 32,9% face ao período homólogo de 2019. Segundo o relatório do Chargeurs, «esta performance reflete a natureza variável das recuperações experienciadas nas várias regiões, que estiveram fortemente ligadas ao ritmo de reabertura das regiões económicas». Na Europa, por exemplo, «onde os confinamentos e o encerramento do retalho “não-essencial” estiveram mais tempo em vigor, as tendências estão a melhorar mais gradualmente», enquanto nos EUA há «uma recuperação da procura por parte de algumas grandes marcas» e na Ásia há «fortes tendências de crescimento».

A Chargeurs Luxury Materials, dedicada às fibras de lã, registou um volume de negócios de 39,4 milhões de euros, evidenciando uma descida de 2,7% face ao mesmo semestre de 2020, enquanto a Chargeurs Healthcare Solutions sofreu uma queda de 71,9%, passando de um volume de negócios de 253,9 milhões de euros entre janeiro e junho de 2020 para 71,3 milhões de euros nos mesmos meses deste ano.

«Com esta performance, o Chargeurs demonstrou, mais uma vez neste período de seis meses, a qualidade dos seus ativos e do seu modelo de gestão, apesar dos confinamentos», considera Michaël Fribourg, presidente do conselho de administração e CEO do grupo Chargeurs. «Todas as nossas linhas de negócio foram lucrativas no primeiro semestre do ano», acrescentou, adiantando que «este dinamismo operacional e a resultante robustez financeira posicionaram de forma ideal o grupo para lucrar totalmente com a recuperação e gerar uma performance intrínseca que está no centro do programa estratégico Leap Forward 2025».

O Chargeurs, que tem feito investimentos no digital, nomeadamente na divisão Chargeurs PCC Fashion Technologies, assume-se, assim, «muito confiante com as perspetivas para 2022» e confirma os objetivos para 2025, nomeadamente atingir um volume de negócios de 1,5 mil milhões de euros e um lucro operacional recorrente de 150 milhões de euros.