Conhecido por C5, o programa de Combate às Alterações Climáticas nas Comunidades de Algodão foi pensado para ajudar os agricultores a mitigar as ameaças à sua saúde, assim como às suas colheitas, e é o primeiro sistema do género a focar-se na experiência vivida por quem cultiva e colhe algodão.
O estudo de viabilidade vai analisar como a observação da Terra e a análise do clima pode ajudar os agricultores a fazer planos tendo em conta as extremas alterações climáticas que podem afetar a sua forma de cultivar. Engloba dois elementos principais, explica a CottonConnect: um índice de stress sobre a saúde para identificar os riscos, como golpes de calor e exaustão, e um sistema de alerta que fornece avisos sobre situações climáticas extremas, com informação prática em momentos chave do calendário de produção de algodão.
A informação do C5 vai ser transmitida aos agricultores através de mensagens de texto, emissões de rádio e grupos de divulgação e pretende limitar a exposição dos trabalhadores agrícolas a calor excessivo, evitar riscos como de inundação e melhorar atividades relacionadas como a produção agrícola e pecuária, que estão também ameaçadas pelas mudanças climáticas.
A Assimila fornece a análise da observação da Terra e dos dados do clima e a CottonConnect, que tem ligações às comunidades de agricultores, vai facilitar a recolha de dados. O protótipo do C5 está a ser desenvolvido para utilizadores no Bangladesh, com a possibilidade de poder ser lançado noutros grandes países produtores de algodão.

«Sabemos que os pequenos agricultores estão já a sofrer os impactos das alterações climáticas. Esta importante parceria, apoiada pela Agência Espacial Europeia, junta o conhecimento da Assimila na observação da Terra, em modelação e computação e a experiência da CottonConnect no trabalho com comunidades rurais para responder a mudanças relacionadas com o clima que vemos frequentemente junto dos nossos agricultores. Estamos otimistas de que o acesso a melhores ferramentas de previsão irá contribuir para que possam desenvolver métodos de cultivo mais sustentáveis, ajudando-os a compreender, monitorizar e até prever o ambiente em que estão a cultivar», explica Alison Ward, CEO da CottonConnect.
«O C5 vai apoiar os agricultores de algodão a adaptarem-se a fatores de mudanças climáticas ao fornecer-lhes informação atualizada de vanguarda focada em assuntos que afetam a saúde dos agricultores de algodão. Explorando os avanços na observação da Terra e na ciência de dados do clima, o C5 vai gerar uma série de índices de perigo e serviços de alerta para informar mecanismos de suporte para agricultores e trabalhadores», acrescenta Andy Shaw, diretor da Assimila.