São cada vez mais os ciberconsumidores

No presente contexto de constantes progressos no âmbito da Internet e do comércio electrónico, o departamento de consultoria internacional da Ernst & Young decidiu estudar a fórmula, os intervenientes e as principais linhas de orientação para o sucesso.

O estudo tem como base um vasto inquérito dirigido a 4.000 internautas, interrogados via Web, e a 40 empresas, dos Estados Unidos, Canadá e Europa, nomeadamente em França, Itália e Reino Unido.

O ciberconsumidor, independentemente da nacionalidade, tem 40 anos na maioria dos casos, apresentando 41 anos nos Estados Unidos, 42 no Canadá, 38 na Austrália e 37 no Reino Unido e em Itália, sendo o mais jovem o francês com 35 anos. Acrescente-se que, à excepção dos Estados Unidos onde é semelhante o numero de homens e mulheres a «navegar», no Canadá 63% são homens, 59% na Austrália, 69% no Reino Unido, 85% em Itália e 76% em França, sendo na generalidade casados.

Relativamente ao nivel de instrução, observam-se variações com apenas 41% dos ciberconsumidores americanos a apresentarem estudos superiores e 48% dos canadianos, contrariamente a 58% dos australianos, 56% dos ingleses, 55% dos italianos e 64% dos franceses. Quanto mais popular é a Internet mais baixo é o nivel de estudos dos internautas e dos ciberconsumidores.

Refira-se que estes últimos realizaram, na sua maioria, entre 4 e 7 compras na net no ano passado, destacando-se os americanos com 13 compras, fixando-se a despesa média entre 150 contos no Canadá e 230 contos nos Estados Unidos. À excepção dos italianos, em todos os outros países aumentou o orçamento destinado ao comércio eletrónico. O sector do têxtil e do vestuário não consta da lista de preferências, exceptuando-se o Canadá onde, na quarta posição, se encontra o vestuário feminino. A liderar as escolhas apresenta-se o material informático, os livros e os CD’s. Não obstante a maioria dos ciberconsumidores não ter preferencia relativamente à origem dos sites, os pertencentes aos distrubuidores, por armazéns ou por venda por catálogo, ultrapassam de longe os sites das ciberempresas, à excepção da Itália.

O estudo conclui que os portais e as alianças serão palavras de ordem no desafio do crescimento, sendo também necessário um avultado investimento. «O ticket de entrada é cada vez mais elevado, e acrescente-se a necessidade de um investimento continuo», lê-se. Será de realçar igualmente a importancia do marketing, do merchandising, assim como da gestão de relação com o cliente, «Gerar um fluxo no site é o primeiro desafio. Assim como o preço e o fornecimento devem estar constantemente ajustados á velocidade da internet». A interactividade «geradora da satisfação e da fidelização do cliente» é de fulcral importância.

Por último, será sobre duas importantes ideias que se baseia o problema: «Vale mais ser rápido mais cedo do que perfeito, e a segurança nunca deve ser posta em causa».