Sampedro celebra 100 anos a pensar no futuro

A produtora de têxteis-lar celebra o centenário este ano, mas tem os olhos postos nos próximos 100. Os investimentos realizados nos últimos anos permitiram atualizar a Sampedro com as mais recentes tecnologias e os bons resultados em 2020 garantem um ponto de partida seguro para a geração que se segue.

Simão Gomes

«Um legado incalculável. Um orgulho desmedido pelo que construímos. São 100 anos de histórias e de estórias de muitas gentes, marcados por obstáculos e desafios que nos prepararam para o que somos hoje. Somos uma empresa reconhecida nacional e internacionalmente pela qualidade dos seus produtos, pela seriedade, transparência e credibilidade na condução do negócio. Somos uma empresa com capacidade de investimento e com uma sólida posição nos mercados internacionais, exportamos atualmente para 36 países, o que revela que estamos no caminho certo. Somos uma empresa que gera negócio e riqueza para o país, que privilegia o pequeno cliente e a venda personalizada em detrimento da venda em massa. E, o mais importante de tudo, somos uma empresa que cria e valoriza o emprego», resume Simão Gomes, presidente do conselho da administração da Sampedro, em comunicado.

A empresa chega aos 100 anos mas, como referiu Simão Gomes em entrevista ao Jornal Têxtil – que pode ler na íntegra na edição de janeiro – o objetivo era chegar «aos 100 anos em idade, mas com espírito jovem».

Num espaço de seis anos, a Sampedro concluiu o plano de renovação e inovação de todas as áreas do seu centro de produção, um investimento no valor de 15 milhões. «Fizemos um esforço, ou melhor, fomos mais atrevidos que o costume para chegar aos 100 anos e ter uma empresa bem organizada, tecnologicamente muito aceitável e acabámos agora um edifício onde vamos ter uma cozinha de auxiliares completamente nova. E temos uma empresa com muita gente nova», destacou Simão Gomes ao Jornal Têxtil.

Novos horizontes

Depois de um ano de 2020 que superou as expectativas, tendo mesmo sido «o melhor ano de sempre», com um crescimento de 16,7% do volume de negócios, para 18 milhões de euros, a empresa tem planos para continuar a melhorar a sua posição. «Queremos melhorar ainda mais as condições de trabalho de todos os colaboradores, aumentar a capacidade produtiva instalada, incrementar a eficiência e flexibilidade dos seus processos. Investir em novas unidades produtivas cujos serviços estão a subcontratar ao exterior e investir em modelos globais de recuperações e racionalização energéticas que tornem a empresa autossuficiente», anuncia o presidente do conselho da administração da Sampedro em comunicado.

A aposta no cliente e em novas estratégias no mercado nacional e destaque para os mercados internacionais, implementando novas metodologias de organização interna que potenciem abordagens e ações comerciais inovadoras, tanto nos mercados em que a empresa tem uma forte presença como nos mercados com potencial de crescimento, são algumas das prioridades, aponta.

«Outro dos projetos para um futuro a curto prazo da Sampedro é o investimento e exploração das suas competências de I&D no desenvolvimento de novos padrões e das potencialidades das novas tecnologias recentemente adquiridas, introduzindo em novos mercados produtos diferenciadores e atrativos. O reforço da sua imagem enquanto empresa global e a divulgação da marca Sampedro junto do público-alvo e dos mercados (atuais e potenciais), serão fundamentais para atingir estes objetivos», acrescenta o comunicado da empresa, que emprega 162 pessoas.

Quanto ao futuro e aos próximos 100 anos, numa altura em que a quarta geração começa a assumir o leme, Simão Gomes confessou ao Jornal Têxtil que «gostava que a Sampedro se dedicasse sempre a clientes de valor acrescentado, nunca enveredar pelo preço, porque há sempre uma que faz mais barato. Inovação, inovação e inovação. Gente nova, todos os anos meter alguém novo, que aporta sempre novidade. Estar sempre muito atenta a renovações tecnológicas e a novas formas de comercializar e de estar no marketing e ser uma empresa responsável».