Roupa infantil mais dinâmica

A atualização do mercado de vestuário de criança da Key Note refere que o crescente interesse do público e dos média na moda fomentada pelos filhos de celebridades, ajudou a impulsionar as vendas de roupas de luxo desenvolvidas para crianças, uma tendência denominada “mania do mini-eu” por analistas do sector. Como resultado, uma série de marcas de gama alta e de luxo alargou as suas gamas de produtos para incluir coleções infantis, com marcas como Stella McCartney, Burberry e Gucci a lançarem as suas próprias linhas nos últimos anos. Além disso, os retalhistas de vestuário de gama alta para criança, particularmente os que possuem uma presença on-line, como Frugi e AlexandAlexa, viram crescer as vendas de marcas de luxo para criança, com o aumento da procura dos pais que querem vestir os seus filhos segundo as mais recentes tendências de moda. O aumento dos gastos com vestuário infantil de gama alta surge apesar da difícil conjuntura económica, com o crescimento e os gastos a permanecerem lentos após a profunda recessão de 2008/2009. O período pós-recessão fez com que as lojas de desconto como Primark, e as linhas de marca própria das redes de supermercados, como Morrisons e Sainsbury, que também oferecem uma grande variedade de vestuário para criança, se mantivessem populares entre os consumidores que procuram pechinchas. Mas acredita-se que o contínuo aumento do número de agregados familiares com atividade profissional e a decisão de muitos casais esperarem até mais tarde, quando têm maior estabilidade financeira, para ter filhos, também tem ajudado, ao longo dos últimos anos, a aumentar os gastos de vestuário infantil de gama alta. Estas tendências deverão continuar no futuro, com a Net-a-Porter – retalhista de vestuário de luxo on-line – a revelar recentemente que irá lançar no próximo ano um sítio on-line semelhante, mas orientado para a roupa de criança, batizado Petite-a-Porter.com. O recente nascimento do primeiro filho dos duques de Cambridge, o príncipe George, em julho de 2013, deverá influenciar as tendências da moda no mercado de vestuário infantil. No entanto, em simultâneo, as coleções de roupas de baixo custo para criança, de retalhistas como a Primark e das cadeias de supermercados, deverão continuar a ser populares entre os pais. Para o futuro, a Key Note estima que apesar do potencial crescimento poder ser alcançado nos próximos cinco anos, as vendas de roupa infantil vão diminuir, devido à polarização do mercado entre a gama alta e as marcas de desconto.