Rohde não quer despedir trabalhadores

A Rohde – Sociedade Industrial de Calçado Luso Alemã, optou pelo regime de «lay-off» para não ter que despedir alguns dos seus trabalhadores. No entanto, e apesar da conjuntura económica mundial difícil, que se agravou após o ataque terrorista aos EUA, e que motivou esta tomada de decisão por parte da Rohde, a empresa prevê aumentar a rede de lojas próprias em Portugal. A Rohde emprega na sua totalidade 2735 trabalhadores: 2.075 pessoas na fábrica de Santa Maria da Feira e 660 na da Guarda. Este período de inactividade destina-se a 832 trabalhadores de uma das linhas de calçado da unidade da Feira que ficarão em casa cerca de 15 dias até ao final do ano. Esta paragem forçada implica uma redução salarial, por isso o Sindicato de Calçado de Aveiro agendou para hoje um novo plenário de trabalhadores. Sidónio Lamoso director de recursos humanos da Rohde, afirmou que «é preferível fazer agora uma redução do que estar a despedir centenas de pessoas». Lamoso acrescentou ainda que não é solução continuar a produzir sapatos para «ficarem no armazém ou nas prateleiras das nossas lojas», não podendo deixar de referir que nas colecções Verão e Inverno houve uma quebra de 350 mil pares de sapatos. Sem pormenores, Sidónio Lamoso adiantou ao Diário económico que em Portugal a facturação é superior a 50 milhões de euros (10 milhões de contos), com uma produção de cerca de 40 mil pares de sapatos por dia, o que coloca Portugal em primeiro lugar na lista de países fabricantes de calçado Rohde, onde se encontra a Áustria e a Alemanha, que conta com uma pequena fábrica de acabamentos.