Riopele prepara mais uma volta ao mundo

Apesar da incerteza dos mercados, a empresa portuguesa tem prevista, para os próximos meses, a participação em feiras na Europa, na Ásia e na América, numa altura em que atingiu um novo marco na sustentabilidade, com mais de 50% da energia usada nas suas operações a ser de origem renovável.

José Alexandre Oliveira

A primeira paragem da Riopele será na Première Vision, em França, a 4 de julho, num mês que será carregado de eventos, como revela a empresa. Milano Unica, em Itália, de 11 a 13 de julho, e Munich Fabric Start, na Alemanha, de 18 a 20 de julho, são outras das feiras onde a Riopele marcará presença na Europa.

Do outro lado do Oceano Atlântico, a empresa irá mostrar as novas propostas na Première Vision New York, a 18 e 19 de julho. E, depois de uma paragem em agosto, em setembro regressa “à estrada”, com a presença numa feira em Munique, outra em Paris (Fashion Rendez-Vous) e no português Modtissimo, todas agendadas para 13 e 14 de setembro, revela.

Uns dias depois, de 20 a 22 de setembro, estará na Première Vision Shenzhen, para fazer «o reforço da presença no mercado chinês».

O objetivo destas várias presenças em feiras, de resto, será «consolidar os negócios nos mercados externos, depois de um crescimento na ordem dos 40% em 2022, para 92,6 milhões de euros», sublinha a empresa.

«Num ano de 2023 que todos interiorizamos como de incerteza no plano internacional, a Riopele está a investir para não ficar refém das circunstâncias», destaca José Alexandre Oliveira, presidente da Riopele.

Neutralidade carbónica em 2027

Também é nesse sentido que a empresa continua a investir na sustentabilidade, tendo anunciado que, em 2023, as fontes de energia renováveis asseguram, pela primeira vez, mais de 50% da energia da Riopele.

«É um marco significativo que representa um esforço combinado de todos os sectores da empresa que se comprometeram a que todas as operações tenham um impacto ambiental zero daqui a quatro anos», afirma José Alexandre Oliveira.

A pegada de carbono da Riopele diminuiu 12% em 2022 em comparação com 2021, passando de 114.965 tCO2e (toneladas de CO2 equivalente) para 101.360 tCO2e. Para 2023, e com o contributo da instalação de um novo parque solar, com uma capacidade de produção de aproximadamente 6MW, a empresa antecipa uma nova redução, entre 12% e 15%.

«Na Riopele, trabalhamos para eliminar a nossa pegada de carbono e para um futuro mais sustentável», realça o presidente. «As empresas têm um papel importante a desempenhar no combate às mudanças climáticas e é por isso que estamos comprometidos em alcançar a nossa neutralidade de carbono o mais rapidamente possível, e sentimos que seria simbólico atingi-lo no ano do nosso centenário [em 2027]», resume José Alexandre Oliveira.

O plano da empresa está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas e, adianta a Riopele, «envolverá investimentos significativos na transição para fontes de energia renováveis, bem como no desenvolvimento de novos produtos e processos para reduzir as emissões».