A Comissão Europeia passou os últimos 18 meses a fazer um exercício de alcance, que incluiu um estudo em 2020 para avaliar as práticas dos estados-membros ao nível dos subprodutos e fim de resíduos e concluiu que os fluxos prioritários devem ser os têxteis e os plásticos.
Em comunicado, a Comissão – que apresentou a estratégia para os têxteis sustentáveis no final do mês passado – refere que chegou a esta decisão após uma consulta a stakeholders e um workshop online com partes interessadas, que teve lugar a 14 e 15 de setembro, quando apresentou o projeto para os resíduos, a informação recolhida e as conclusões preliminares.
Além disso, refere, a Comissão Europeia também publicou um estudo sobre o alcance de possíveis critérios de subprodutos e fim de resíduos, pensado para identificar os fluxos candidatos mais adequados para alargar os critérios com base numa metodologia que pretende assegurar valor acrescentado para a UE. A Comissão Europeia explica que a avaliação foi construída com base em dados e informação fornecidos por stakeholders durante o período de consulta.
Ao nível do fluxo de têxteis, estão a ser considerados prioritários a recolha separada de vestuário e outros têxteis preparados para reutilização, assim como fibras celulósicas recuperadas/recicladas e misturas de fibras recuperadas/recicladas de resíduos têxteis.
Já em termos do fluxo do plástico, são apontados como prioritários o polietileno tereftalato recuperado/reciclado, o polietileno de alta e baixa densidade recuperado/reciclado, misturas de plástico recuperados/reciclados e poliestireno e poliestireno expandido recuperado/reciclado de resíduos de plástico.
A Comissão Europeia indica ainda em comunicado que vai começar a trabalhar no desenvolvimento de critérios de fim de resíduo para os resíduos plásticos com o Joint Research Centre no segundo trimestre deste ano, devendo a avaliação técnica final ficar concluída no primeiro trimestre de 2024.