«Se queremos fazer um trabalho sério sobre as marcas portuguesas e o mercado de luxo, temos que saber aonde é que estamos e para onde queremos ir», afirmou Francisco Carvalheira. Segundo o secretário-geral da Laurel, o trabalho de campo irá demorar entre seis e oito meses e vai envolver uma empresa de estudos de mercado, universidades e marcas portuguesas. «Isto vai ser de uma mais-valia incrível, porque vai dar a Portugal e às marcas que querem vir para Portugal uma informação sobre a realidade do mercado de luxo nacional», explicou à Lusa.
Além dos cidadãos portugueses que consomem «luxo e excelência», o estudo do «cliente afluente português» irá também ter como alvos os estrangeiros residentes em Portugal, que, segundo Francisco Carvalheira, «são uma fatia na ordem de quase dois milhões de pessoas e têm uma grande capacidade aquisitiva», e os turistas estrangeiros.
O secretário-geral da Laurel falou à Lusa à margem de um seminário organizado pela Laurel que decorreu em Ílhavo, no distrito de Aveiro, sobre “Luxury Hospitality” e que teve como orador Mark Britton Jones, professor no Glion Institute of Higher Education, uma escola especializada em hospitalidade e gestão de luxo com campus na Suíça e em Londres.
o secretário-geral da Laurel destacou como exemplo o que aconteceu com a indústria do calçado nacional, que se soube posicionar no mercado internacional, lembrando que «há 30 anos, os nossos sapatos competiam com os sapatos chineses e, hoje, o calçado português consegue rivalizar com o calçado italiano».
Constituída formalmente no início de 2020, a Laurel conta atualmente com 32 marcas portuguesas. Recentemente, a associação, que pretende ser «o farol da excelência do que se faz em Portugal», passou a integrar a Aliança Europeia das Indústrias Culturais e Criativas (ECCIA na sigla inglesa).