O gigante sueco da moda Hennes &Mauritz registou, em Junho, vendas acima das expectativas do mercado, embora o volume de negócios nas lojas comparÁveis tenha diminuído, numa altura em que as dificuldades económicas atingem o sector. A confiança dos consumidores na Europa, na região nórdica e nos EUA caiu nos últimos meses – com o aumento dos preços dos bens alimentares e dos combustíveis – e os retalhistas começam a sentir na pele os seus efeitos. As vendas de Junho da H&M, o terceiro maior retalhista mundial em vendas, aumentaram 8%, mais do que os 5,2% esperados pelos analistas de mercado. Contudo, o volume de negócios em lojas abertas hÁ pelo menos um ano desceu 2% em relação ao ano passado, um resultado ainda assim melhor do que as previsões de queda de 5,6%. Parece muito melhor do que o esperado, especialmente em termos comparÁveis», afirmou um analista. Parece que conseguiram passar melhor o mês do que as rivais nos seus principais mercados: Alemanha, Suécia e Inglaterra». Os dados da indústria mostram fortes declínios na venda de vestuÁrio em Junho em dois dos seus principais mercados. A Alemanha, o maior mercado da H&M, registou uma quebra de 11% na venda de vestuÁrio em Junho, de acordo com o jornal Textilwirtschaft. Na Suécia, o terceiro maior mercado da H&M, o índice HUI/Stil para a venda de vestuÁrio desceu 12,2%. Em Junho, o sentimento económico na zona euro caiu para o seu nível mais baixo desde Maio de 2005, enquanto que na Suécia a confiança do consumidor atingiu o nível mais baixo dos últimos 12 anos. A Dinamarca estÁ tecnicamente em recessão e na Noruega, a confiança do consumidor estÁ no seu nível mais baixo de sempre desde o terceiro trimestre de 2003. Na Grã-Bretanha, o segundo maior mercado da H&M, a crise no mercado imobiliÁrio levou a confiança dos consumidores para os níveis mais baixos desde meados de 2004 e nos EUA, a confiança dos consumidores não era tão mÁ desde 1992. Mas situando-se na zona de preços mais baixos do espectro do vestuÁrio, a H&M e a rival Inditex, que, entre outras, comercializa a marca Zara, conseguiram até agora evitar o pior do abrandamento. A H&M tem preços muito baixos… é mais apelativo que o”high end”», revelou Lars Poulsen, analista no Jyske Bank. Estamos muito optimistas». Poulsen afirma também que a H&M, que ainda se estÁ a expandir para novos mercados como o Japão e a Rússia, deve manter o seu crescimento, mesmo que a economia mundial continue a abrandar. Em Maio, as vendas totais da H&M subiram 25% em relação ao ano anterior, enquanto que as vendas comparÁveis aumentaram 14%. O retalhista aumentou o número de lojas das 1.420 em 30 de Junho de 2007 para as 1.600 a 30 de Junho de 2008.