Proposta ética

Harold Tillman, presidente do British Fashion Council, acaba de lançar uma inovadora campanha para ajudar as marcas de moda ética, que habitualmente têm poucos apoios financeiros. Isto acontece devido aos elevados preços associados à produção eco-ética e, sobretudo, porque as grandes cadeias de moda, maioritariamente marcas de “fast fashion”, preocupam-se em lançar tendências em primeira-mão, deixando para segundo plano as questões ecológicas e éticasque, na maioria das vezes, não adicionam um lucro significativo às suas vendas. Para a tentar reverter esta situação, o presidente do British Fashion Council, e também empresário de moda, já que detém a marca de luxo Jaeger, apresentou uma proposta ao governo britânico que visa que as marcas com uma atitude mais ética face à moda recebam um corte significativo nos impostos. Harold Tillman acredita que promovendo o negócio eco-ético pode-se não só ajudar a baixar os preços destes produtos, mas também incentivar outras marcas a alterar a sua produção para uma abordagem mais sustentável para com o meio ambiente. «A sustentabilidade dentro da indústria da moda, a segunda maior empregadora no Reino Unido, precisa de ser mais do que uma opção individual, precisa de fazer sentido para o próprio negócio e para os consumidores», defendeu Tillman. «Apelamos a todas as partes que reconheçam o impacto que a redução de impostos pode ter numa das mais inovadoras e atractivas indústrias do nosso país, apoiando aqueles que trabalham de forma mais ética», acrescentou. A campanha conta já com o apoio de grandes nomes da indústria de moda britânica, como Vivienne Westwood, Monsoon, Edun, George at Asda e o Centro de Moda Sustentável da Escola de Moda de Londres. Segundo dados da Mintel, o negócio da indústria de moda ética no Reino Unido ascendeu aos 175 milhões de libras em 2009 e está a crescer a uma taxa de 71% ao ano