Produção Têxtil e Vestuário na UE

A actividade europeia, caracterizou-se durante o ano 2000, por uma evolução muito contrastada da produção têxtil e de vestuário. Segundo dados apresentados por Luísa Santos, Directora do Departamento de Relações Internacionais da APT, em 2000-2001 a conjuntura europeia apresenta-se mais positiva do que a dos outros países industrializados. Após um ano de 1999 um tanto sombrio, devido à estagnação Têxtil e a um recuo acentuado no Vestuário, os EUA registaram uma descida quer na Produção Têxtil (-2,3%), quer na produção de Vestuário (-3,1%). Ainda assim, e comparada com os problemas estruturais do Japão desde 1995, esta evolução pode ser qualificada como razoável. A Produção de Fibras Químicas aumentou 2,95%, ao longo do ano 2000, graças à recuperação do consumo industrial, assim como à excelente evolução das Exportações para os mercados extra-UE. Esta evolução, não é no entanto idêntica para todas as Fibras. Em relação aos Filamentos Celulósicos, registou-se novamente um recuo (-11,8%) e uma estagnação dos Filamentos de Poliéster. Neste último, observa-se uma forte pressão na importação de produtos originários dos principais Países da Ásia e vendidos a preços subsidiados ou em situação de dumping. No que diz respeito à Produção Têxtil na UE, aumentou cerca de 1,4% em relação a 2000, o que representa uma fraca recuperação. Apesar de em 1999 os ritmos de progressão terem continuado largamente superiores, foram mais lentos do que os observados em 1997-1998. Tendo em consideração o conjunto do ano, a actividade melhorou nitidamente na Dinamarca (+9,1%), na Grécia (+7,4%), na Bélgica (+6,8%), na Itália (+4,8%) e na Suécia (+4,3%). A um ritmo inferior, aumentou a Produção na Alemanha (+2,5%) e na Holanda. Em alguns casos e pelo terceiro ano consecutivo, a Produção caiu, como é o caso de Portugal (-2,4%), França (-2,2%), Reino Unido (-5,9%) e Irlanda (-7,6%). Espanha, teve um decréscimo menos significativo (-0,8%). A Indústria do Vestuário, e ao contrário do que se passou no Têxtil, continua a ser preocupante, mesmo se para os 15 Estados Membros a Produção tenha apenas caído (-5,0%), um resultado melhor do que o de 1999. Com resultados positivos, temos apenas a Holanda (+3,7%) e a Grécia (+1,0%). A Itália, o principal país produtor da UE, apresentou uma estagnação da sua actividade (+0,2%). Situação particularmente grave, vive a Irlanda (-33%). Alguns dos restantes países apresentaram recuos na produção superiores à média da UE, pelo segundo e terceiro ano consecutivos como é o caso da Finlândia (-8,1%), Alemanha (-9%), Áustria (-10,9%), Portugal e Suécia (-12,2%), Bélgica (-14,9%) e França (-16%). Pelo contrário, Espanha e Reino Unido, obtiveram o declínio menos importante (-2,9%).