Os resultados definitivos serão publicados apenas a 7 de novembro, mas a Associated British Foods, que detém a Primark, fez hoje uma antevisão do que deverão ser os resultados do ano fiscal 2022/2023, que termina no próximo dia 16 de setembro.
As vendas da Primark deverão ter aumentado 15%, para cerca de 9 mil milhões de libras (cerca de 11,2 mil milhões de euros), representando uma subida de 11% no Reino Unido e de 18% na Europa em termos anuais, com os resultados comparáveis (nas lojas abertas há mais de um ano) a subirem 9% no total.
«Estas vendas mais altas são resultado de aumentos de preços limitados e cuidadosamente selecionados ao longo deste ano fiscal para parcialmente recuperar os elevados níveis de inflação de custos das matérias-primas, ajudados por uma forte performance das novas lojas abertas este ano e da procura das nossas gamas atrativas», refere a empresa em comunicado.
Em termos trimestrais, as vendas totais na Primark, que no total terá 432 lojas no final deste ano fiscal, também subiram 15%, com as vendas comparáveis a registarem um crescimento de cerca de 8% no trimestre.
Na Europa excluindo o Reino Unido, as vendas no quarto trimestre deverão ser 18% mais elevadas, com a Associated British Foods a dar conta que «o negócio correu bem, apesar das condições climáticas adversas, com temperaturas especialmente quentes em várias regiões europeias».
O mesmo aconteceu no Reino Unido, nomeadamente com as temperaturas elevadas nas últimas semanas. «Apesar destas condições a nossa performance foi resiliente. A nossa quota de mercado no Reino Unido aumentou para 6,4% em comparação com 6,2% nas 12 semanas até 20 de agosto», indica a empresa em comunicado.
Já as vendas nos EUA deverão registar um aumento de 45% no quarto trimestre, «impulsionadas pelo forte programa de abertura de novas lojas. Abrimos quatro novas lojas no trimestre», aponta.
Face a estes resultados, as perspetivas para o ano fiscal 2023/2024 são positivas. «Na Primark, continuamos a esperar uma recuperação substancial nas margens brutas em resultado de custos mais baixos com as matérias-primas, a desvalorização do dólar face à libra esterlina e ao euro e custos mais baixos com os transportes, que melhoraram nas últimas semanas. Esperamos, por isso, que a margem de lucro operacional ajustada da Primark recupere fortemente no próximo ano fiscal», escreve a Associated British Foods.
