A Primark lançou o programa-piloto na Índia, em 2013, em colaboração com agrónomos especialistas, com a CottonConnect e a organização Self-Employed Women’s Association, para reduzir o impacto ambiental, alterar a forma como a retalhista de moda obtém o algodão e melhorar as condições de vida dos agricultores.
Desde então, o programa expandiu-se para o Paquistão e o Bangladesh através da expertise dos parceiros locais e já formou mais de 150 mil pequenos agricultores, 80% dos quais são mulheres. «O Programa de Algodão
O algodão sustentável da Primark é cultivado através de um processo único do Programa REEL (responsible environment enhanced livelihoods) do CottonConnect. Durante três anos, os produtores de algodão vão ter formação para abordar a dependência excessiva de fertilizantes químicos e pesticidas, a fim de preservar a biodiversidade e ajudar a mitigar as alterações climáticas.
O programa, para além de ajudar a construir uma cadeia de fornecimento transparente e resiliente, dá retorno às comunidades agrícolas locais. Em média, os agricultores do programa utilizam menos 40% de pesticidas e fertilizantes químicos e menos 10% de água por acre, com um aumento de 14% no rendimento e crescimento de 200% nos lucros.
No futuro, o programa vai centrar-se no restabelecimento da biodiversidade com 100% dos agricultores do programa a adotarem práticas mais regenerativas, até 2030.
O algodão é a fibra mais usada no vestuário da insígnia – mais de metade é fabricado principalmente com algodão – e, hoje, mais de um quarto (27%) das peças com esta matéria-prima apresentam, na sua composição, algodão do Programa Algodão Sustentável, 4% de algodão orgânico e 2% de algodão reciclado.
Esta iniciativa irá aumentar o número total de agricultores do programa da Primark para «mais de 275 mil, um crescimento de cerca de 80%», consolidando a sua posição como «o maior programa de algodão sustentável da indústria da moda», salienta em comunicado.