A feira, que decorreu presencialmente de 8 a 10 de fevereiro, a que somou uma versão digital de 7 a 11 de fevereiro, atraiu, no total, mais de 74.600 visitantes, o que representa um aumento de 18% face aos números de setembro de 2021, o que, para a organização, comprova o papel central da Première Vision Paris na indústria da moda.
«A Première Vision Paris encerrou uma edição encorajadora em termos das perspetivas de recuperação do sector», afirma Gilles Lasbordes, diretor-geral da Première Vision. «A feira confirmou o importante papel dos eventos deste género para apoiar o negócio dos profissionais da indústria: a Première Vision não só manteve com sucesso o seu principal certame, apesar de um contexto ainda incerto, como também ofereceu um modelo para unir o sector e facilitar os contactos que são tão indispensáveis à recuperação do negócio da indústria», explica.
De Portugal marcaram presença 60 expositores – divididos entre as áreas dedicadas aos fios, aos tecidos, ao couro e à confeção – e as opiniões por parte das empresas com quem o Portugal Têxtil falou são, no geral, positivas.
Na área da confeção, Ana Lisa Sousa, sócia-gerente da António Manuel de Sousa, assume que a Première Vision «correu bem», apesar das variações ao longo dos três dias. «O último dia foi muito mau, não se fez absolutamente nada, mas os dois primeiros dias foram bons. Na zona da confeção, que é a pior zona da feira, como digo sempre, houve muita gente e mais cedo do que o habitual. Normalmente, no primeiro dia até à hora de almoço, as pessoas visitam os tecidos e só depois é que vêm. Mas nesta edição, no primeiro dia começou-se a trabalhar logo de manhã», revela. Para a especialista em acessórios de pescoço, a Première Vision trouxe «novos contactos e o firmar de outros negócios», nomeadamente com «muitos belgas, que acho fantástico, é um bom mercado para nós, holandeses e alguns franceses – foi bom», resume Ana Lisa Sousa.
Novidades para julho
De acordo com a organização, a edição física contou com mais de 21.300 profissionais (+24% do que em setembro de 2021), 57% dos quais internacionais, sendo que entre as principais nacionalidades visitantes estão os europeus, nomeadamente italianos, espanhóis e britânicos. «Fora da Europa, visitantes da Turquia e dos EUA voltaram, enquanto as restrições às viagens continuaram a ter impacto nos profissionais dos países asiáticos (Coreia do Sul, Japão, China)», indica a Première Vision.
Numa antevisão do que se pode esperar da próxima edição, a feira sublinha que irá juntar propostas criativas cada vez mais focadas na sustentabilidade, tanto na área Smart Creation, que serve de montra às inovações pensadas para uma moda mais responsável, como em toda a oferta apresentada pelos expositores. «A próxima edição irá ainda marcar o regresso da Maison d’Exceptions, um espaço exclusivo que junta o savoir-faire criativo para a indústria internacional de luxo, que vai deixar de ser um evento anual que acontecia em fevereiro para ser bianual», conclui.
