Entre 4 e 6 de julho, 1.293 expositores internacionais vão reunir-se no centro de exposições de Paris Nord Villepinte para a segunda edição do ano da Première Vision Paris. De Portugal estarão presentes 68 empresas, divididas pelas áreas de tecidos (37 expositores), couro (8), acessórios (2), fios (3), confeção (14) e Smart Creation (4).
A sustentabilidade está no centro desta edição da feira, que repensou o formato para responder aos desafios de transformação da indústria da moda, dando conta de que pretende apoiar as marcas e os produtores nesta transição para uma versão mais ecológica, mantendo-se atenta às novas exigências legais.
Criou, para isso, o programa “a better way” (uma forma melhor, na tradução em português) para identificar os expositores mais empenhados ao nível da sustentabilidade e, dessa forma, tornar o sourcing mais transparente. Há, segundo a organização, 290 produtores que se inscreveram voluntariamente neste programa, que analisa as iniciativas eco-responsáveis dos expositores e destaca os seus esforços junto de compradores e visitantes, usando pictogramas específicos que serão colocados nos stands. As declarações dos expositores são verificadas pela Première Vision, que irá testar uma amostra de 10% das empresas participantes para confirmar a informação prestada pelas mesmas.
Portugueses aderem
Entre os expositores portugueses, 30 vão ostentar o símbolo do programa “a better way”, seja pelas suas iniciativas sociais, quer pelo impacto do local de produção, rastreabilidade, composição dos produtos e processos ou durabilidade e fim de vida dos artigos que produzem.
A aposta na sustentabilidade não se fica por aqui e, além do programa “a better way” e da área Smart Creation, dedicada à inovação sustentável – onde, de Portugal, estão presentes a Lurdes Sampaio, a Positive Materials, a RDD e a Wonder Raw –, a Première Vision Paris terá ainda cinco itinerários pensados para o sourcing responsável, incluindo um dedicado a deadstock, onde constam a Adalberto e a Troficolor. «O lançamento da oferta de deadstock responde a uma necessidade complementar e crescente em todos os nossos mercados», acredita Gilles Lasbordes.
A feira será igualmente palco da apresentação de um estudo sobre o consumo de moda sustentável, que foi feito em abril em França, Itália, Alemanha, Reino Unido e nos EUA, cujas conclusões serão reveladas no primeiro dia da feira, às 16h, com a intervenção de Gildas Minvielle, diretor do Observatório Económico do Institut Français de La Mode.
A Première Vision disponibiliza ainda seis white papers sobre diferentes questões da sustentabilidade, incluindo um sobre os desafios que a indústria enfrenta ao nível da reciclagem, rastreabilidade e biodegradabilidade e outro sobre como a tecnologia está a transformar a moda.
Na última edição, em fevereiro, a Première Vision Paris contabilizou 1.246 expositores e um total de 34.548 visitantes, 70% dos quais internacionais, de 118 países.