Preços da produção industrial desaceleram

De acordo com a análise dos dados do INE, o défice da balança comercial de Portugal ficou cifrado em 25,51 mil milhões de euros nos 10 primeiros meses de 2022. Há ainda uma queda no volume de negócios em outubro, tanto na indústria têxtil, como na indústria do vestuário.

Este valor evidencia um acréscimo do défice de 73,0% face ao período homólogo do ano anterior. Esta evolução reflete uma subida de 25,2% nas exportações, enquanto as importações cresceram 35,7%.

Análise do CENIT com base nos dados do INE

Excluindo os “combustíveis e lubrificantes”, o défice situou-se nos 15,42 mil milhões de euros, evidenciando um agravamento de 47,9% em relação ao mesmo período de 2021. Este resultado surge na sequência de uma subida de 21,5% nas exportações e de 26,1% nas importações. Excluindo os produtos energéticos e com base na perspetiva dos desempenhos por região, verificou-se uma subida de 21,9% nas exportações intracomunitárias, enquanto as extracomunitárias cresceram 20,3%. Do lado das importações, as intracomunitárias aumentaram 22,3% e as extracomunitárias 40,8%.

Volume de negócios da ITV desce

Em termos específicos para a indústria têxtil e vestuário, analisando a evolução em período homólogo do índice de volume de negócios na indústria (INE) para outubro, a análise do CENIT evidencia uma descida de 4,9% no sector têxtil e de 3,3% no vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras observou-se uma subida de 19,5% em relação a outubro de 2021. Em termos da evolução em cadeia, entre setembro e outubro, foi evidenciada uma descida de 1,0% no sector têxtil e uma subida de 7,2% no vestuário, sendo registada uma descida de 2,5% nas indústrias transformadoras.

Análise do CENIT com base nos dados do INE

Relativamente à evolução em período homólogo do índice de produção industrial (INE) para setembro, verificou-se uma descida de 7,7% no sector têxtil e de 16,8% no vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras foi observado um aumento de 0,7% face a setembro de 2021. Em termos da evolução em cadeia, foi evidenciada uma subida de 81,7% no sector têxtil e uma descida de 20,6% no vestuário, tendo-se verificado uma subida de 20,1% nas indústrias transformadoras.

Os dados para a variação homóloga do índice de emprego na indústria (INE) evidenciaram em outubro uma subida de 0,7% no sector têxtil e de 0,3% no vestuário. Nas indústrias transformadoras foi registada uma subida de 2,6%. Relativamente à variação em cadeia, o índice de emprego na indústria diminuiu 0,5% no sector têxtil e 0,1% no vestuário, tendo permanecido praticamente inalterado nas indústrias transformadoras.

Têxtil trabalha menos

Análise do CENIT com base nos dados do INE

Segundo os dados do INE para a variação homóloga do índice de horas trabalhadas na indústria, foi notada uma descida de 2,3% no sector têxtil e uma variação praticamente nula no vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras verificou-se uma subida de 2,4% face a igual período de 2021. Ao nível da variação em cadeia, foi registada uma descida de 0,8% no sector têxtil e um crescimento de 7,0% no vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras verificou-se uma descida de 1,2%.

O índice de preços na produção industrial (INE), registou em termos homólogos no mês de outubro uma subida de 10,6% no sector têxtil (11,4% no mês anterior) e de 1,4% no vestuário (2,1% no mês anterior), em relação a igual período de 2021. Este indicador conheceu uma subida homóloga de 21,6% ao nível das indústrias transformadoras em outubro (23,3% no mês anterior). Na variação em cadeia, entre setembro e outubro, verificou-se uma subida de 0,8% no sector têxtil e uma descida de 0,6% no vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras o índice permaneceu praticamente inalterado.

Análise do CENIT com base nos dados do INE

Relativamente à variação homóloga do índice de preços no consumidor (INE), foi observada em novembro uma subida de 8,7% nos têxteis de uso doméstico e de 1,9% nos artigos de vestuário. Analisando a evolução em cadeia, na comparação com outubro, foi registada em novembro uma subida de 1,2% nos têxteis de uso doméstico e uma descida de 0,2% nos artigos de vestuário.

O indicador de clima económico do INE conheceu em novembro (+1,2%) uma nova descida da perceção do clima económico por parte das empresas, uma tendência que se verifica desde maio. Também o indicador de confiança da indústria transformadora do INE acentuou a perceção negativa das empresas (-9,2%), reforçando a tendência verificada em outubro (-8,3%).