Este valor evidencia um acréscimo do défice de 73,0% face ao período homólogo do ano anterior. Esta evolução reflete uma subida de 25,2% nas exportações, enquanto as importações cresceram 35,7%.

Excluindo os “combustíveis e lubrificantes”, o défice situou-se nos 15,42 mil milhões de euros, evidenciando um agravamento de 47,9% em relação ao mesmo período de 2021. Este resultado surge na sequência de uma subida de 21,5% nas exportações e de 26,1% nas importações. Excluindo os produtos energéticos e com base na perspetiva dos desempenhos por região, verificou-se uma subida de 21,9% nas exportações intracomunitárias, enquanto as extracomunitárias cresceram 20,3%. Do lado das importações, as intracomunitárias aumentaram 22,3% e as extracomunitárias 40,8%.
Volume de negócios da ITV desce
Em termos específicos para a indústria têxtil e vestuário, analisando a evolução em período homólogo do índice de volume de negócios na indústria (INE) para outubro, a análise do CENIT evidencia uma descida de 4,9% no sector têxtil e de 3,3% no vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras observou-se uma subida de 19,5% em relação a outubro de 2021. Em termos da evolução em cadeia, entre setembro e outubro, foi evidenciada uma descida de 1,0% no sector têxtil e uma subida de 7,2% no vestuário, sendo registada uma descida de 2,5% nas indústrias transformadoras.

Relativamente à evolução em período homólogo do índice de produção industrial (INE) para setembro, verificou-se uma descida de 7,7% no sector têxtil e de 16,8% no vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras foi observado um aumento de 0,7% face a setembro de 2021. Em termos da evolução em cadeia, foi evidenciada uma subida de 81,7% no sector têxtil e uma descida de 20,6% no vestuário, tendo-se verificado uma subida de 20,1% nas indústrias transformadoras.
Os dados para a variação homóloga do índice de emprego na indústria (INE) evidenciaram em outubro uma subida de 0,7% no sector têxtil e de 0,3% no vestuário. Nas indústrias transformadoras foi registada uma subida de 2,6%. Relativamente à variação em cadeia, o índice de emprego na indústria diminuiu 0,5% no sector têxtil e 0,1% no vestuário, tendo permanecido praticamente inalterado nas indústrias transformadoras.
Têxtil trabalha menos

Segundo os dados do INE para a variação homóloga do índice de horas trabalhadas na indústria, foi notada uma descida de 2,3% no sector têxtil e uma variação praticamente nula no vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras verificou-se uma subida de 2,4% face a igual período de 2021. Ao nível da variação em cadeia, foi registada uma descida de 0,8% no sector têxtil e um crescimento de 7,0% no vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras verificou-se uma descida de 1,2%.
O índice de preços na produção industrial (INE), registou em termos homólogos no mês de outubro uma subida de 10,6% no sector têxtil (11,4% no mês anterior) e de 1,4% no vestuário (2,1% no mês anterior), em relação a igual período de 2021. Este indicador conheceu uma subida homóloga de 21,6% ao nível das indústrias transformadoras em outubro (23,3% no mês anterior). Na variação em cadeia, entre setembro e outubro, verificou-se uma subida de 0,8% no sector têxtil e uma descida de 0,6% no vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras o índice permaneceu praticamente inalterado.

Relativamente à variação homóloga do índice de preços no consumidor (INE), foi observada em novembro uma subida de 8,7% nos têxteis de uso doméstico e de 1,9% nos artigos de vestuário. Analisando a evolução em cadeia, na comparação com outubro, foi registada em novembro uma subida de 1,2% nos têxteis de uso doméstico e uma descida de 0,2% nos artigos de vestuário.
O indicador de clima económico do INE conheceu em novembro (+1,2%) uma nova descida da perceção do clima económico por parte das empresas, uma tendência que se verifica desde maio. Também o indicador de confiança da indústria transformadora do INE acentuou a perceção negativa das empresas (-9,2%), reforçando a tendência verificada em outubro (-8,3%).