Os números da consultora abrangem a Península Ibérica, que no total ascenderam a 21 mil milhões de euros de vendas de vestuário no retalho, o que representa uma subida de 15,9% face a 2021.
A Informa D&B revela que em Espanha, o crescimento das vendas a retalho de vestuário e têxteis-lar foi de 14,3%, para 17,15 mil milhões de euros, enquanto no mercado português, substancialmente mais pequeno, mas onde apenas estão contabilizados os números relativos ao vestuário, as vendas atingiram 3,85 mil milhões de euros, equivalente a um aumento de 23,2%.
A consultora ressalva que, «apesar do crescimento nos dois países, ambos ficaram abaixo dos níveis pré-pandemia».
As previsões para o futuro também não são positivas, com a Informa D&B a antecipar um arrefecimento da procura e a continuação da concentração da oferta.
«A redução do poder de compra das famílias, num contexto de inflação elevada e subida das taxas de juros, faz antever uma desaceleração do ritmo de crescimento do valor do mercado de distribuição de vestuário em Espanha e Portugal a curto prazo», aponta.
Para o ano de 2023, a expectativa é que as vendas deste tipo de artigo no mercado ibérico aumentem 5,6%, para 22,17 mil milhões de euros, enquanto para 2024 é esperado um crescimento mais modesto, a rondar os 4%.
Quanto ao número de lojas, «a oferta do sector apresenta uma concentração crescente», refere a Informa D&B, que revela que no ano passado os 10 maiores retalhistas de vestuário estavam na origem de 75% das vendas, em valor, na Península Ibérica, «sendo esta percentagem superior em Espanha do que em Portugal». Enquanto em Espanha a taxa é de 79,9%, em Portugal é de 62,6%.
Segundo a consultora, o número de lojas de vestuário e têxteis para a casa tem mostrado uma tendência constante de diminuição, particularmente intensa desde a pandemia de covid-19, estimando-se que, em 2022, existiam 54.228 estabelecimentos em atividade, dos quais 10.250 em Portugal e 43.978 em Espanha.
