Portugal é um dos três países da União Europeia em que os custos do alargamento são maiores que os benefícios, adianta o Diário Digital com base num estudo do instituto austríaco de investigação WIFO, divulgado na terça-feira em Viena. Os outros dois países mais atingidos são a Espanha e a Dinamarca. Ao contrário, os maiores beneficiários serão a Alemanha, a Áustria e a Itália, afirma o WIFO, que quantificou por país as consequências da integração dos 12 candidatos. As estimativas, que abrangem o período 2001-2010, foram feitas no pressuposto que o próximo alargamento ocorrerá em 2005 com a Polónia, Eslovénia, República Checa, Hungria, Estónia e Chipre, e o seguinte dois anos depois com a Bulgária, Roménia, Eslováquia, Letónia, Lituânia e Malta. Globalmente, o processo será benéfico tanto para a UE como para os novos membros, concluiu o WIFO. No entanto, o estudo destaca «uma tendência de perdas» para os chamados países da coesão (Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha), calculada na base dos fundos de que ainda beneficiam no quadro da Agenda 2000, assim como os efeitos no mercado interno, em termos comerciais e de produtividade, intensificação da concorrência e migrações de mão-de-obra. Os novos membros da Europa Central e de Leste serão os mais beneficiados com a integração na UE, com a Hungria e Polónia a serem os mais favorecidos.