Polopiqué revela-se em exposição em Santo Tirso

Partindo da assinatura da empresa, “Creative Texagility”, uma exposição na Fábrica de Santo Thyrso exibe a criatividade e agilidade têxtil da Polopiqué ao longo dos seus 26 anos de existência. Além da mostra, patente até 21 de janeiro de 2023, há ainda visitas guiadas à própria empresa.

[©Câmara Municipal de Santo Tirso]

“Polopiqué. 26 anos de Criatividade e Agilidade Têxtil” é o título da exposição, que foi inaugurada na passada sexta-feira, 28 de outubro. A iniciativa insere-se no Ciclo Têxteis do Presente da Fábrica de Santo Thyrso, que até 21 de janeiro de 2023, nos dias úteis entre as 9h e as 17h30, revisita, na chamada Sala da Máquina, os 26 anos de atividade da empresa. «A Polopiqué nasceu a 27 de setembro de 1996, no vale do Ave, num

[©Polopiqué]
período de crise no têxtil, pelas mãos de Luís Lopes Guimarães e de Filipa Alexandra. Oriundos de famílias com tradição no sector têxtil, trouxeram para o projeto uma visão estratégica do mercado, da internacionalização e da progressiva globalização da fileira têxtil e da indústria da moda», descreve a Câmara Municipal de Santo Tirso no seu website.

Em comunicado, a empresa acrescenta que «o negócio rapidamente prosperou» e que do armazém de corte, confeção e comercialização de malhas inicial alargou-se ao tecido e outros processos têxteis, desde a fiação à tecelagem, tricotagem, tinturaria e acabamentos. Ao nível da internacionalização, a experiência da empresa, que atualmente ocupa uma área industrial de 70 mil metros quadrados, por onde passa o rio Vizela e o caminho-de-ferro que liga Porto a Guimarães, tem-se multiplicado, incluindo, mais recentemente, uma parceria com a Recover para a reciclagem de fibras de algodão.

[©Polopiqué]
«O presente trouxe os desafios da pandemia e da crise energética, mas não susteve a criatividade do grupo, nem a sua agilidade, evidenciada numa empresa vertical que inclui design, inovação e desenvolvimento, com forte enfoque nas questões da sustentabilidade e na redução da sua pegada carbónica em tudo o que produz, e tem desde sempre o seu horizonte no mercado internacional», salienta o comunicado enviado pela empresa.

Visita guiada ao chão de fábrica

Para além da história, a mostra pretende ser o ponto de partida para uma reflexão. «O objetivo é responder a algumas interrogações: afinal, como conseguiu este grupo vencer os desafios dos últimos 26 anos? E como subsiste no Vale do Ave uma empresa têxtil verticalizada e de confeção num momento tão delicado do comércio mundial?», refere a edilidade.

[©Polopiqué]
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Na exibição «estão patentes todas as fases do processo produtivo. A Polopiqué tem desde fiação, à tecelagem, acabamentos para tecidos e malhas, tem a parte da confeção, de desenvolvimento do produto e trabalhamos com empresas de nível mundial», explicou, citada pela Rádio Vizela, Teresa Portilha, diretora e representante do grupo, que considera que esta iniciativa «é um reconhecimento, um orgulho, porque estamos na indústria há muitos anos e é uma forma de mostrarmos o que andamos a fazer e quem somos, porque, se calhar, muita gente já ouviu falar de nós, mas não tem ideia do que somos na realidade. Esta exposição permite levantar o véu sobre como é uma indústria têxtil, o processo produtivo».

[©Polopiqué]
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Nuno Olaio, representante do município, salientou, por seu lado, que a exposição exigiu «uma pesquisa grande, porque a Polopiqué é uma empresa grande que se foi desenvolvendo desde um momento difícil da indústria têxtil em Portugal e hoje em dia é um grande grupo».

A mostra “Polopiqué. 26 anos de Criatividade e Agilidade Têxtil” tem visitas guiadas a 9 e 12 de novembro, 7 de dezembro e 11 de janeiro, entre as 14h30 e as 16h30 e, em complemento, há ainda visitas guiadas à Polopiqué a 17 de novembro, 15 de dezembro e 19 de janeiro, sempre entre as 14h30 e as 16h30.