Piursa, mas descontraída

Apresentada pelos designers Catarina Branco e José Pedro Gomes, a marca portuguesa Piursa toma conta das ruas desde 2012. Os tecidos customizados, os estampados originais, os padrões “all over” e as malhas tricotadas cruzam as minicolecções da marca de urban wear, lançadas de três em três meses.

Apesar do nome, que de acordo com o dicionário da língua portuguesa adjetiva, em linguagem coloquial, alguém que está “irritado ou zangado”, as apostas de vestuário da marca nacional celebram a descontração e o conforto em sweatshirts e t-shirts de vibração desportiva e, na sua maioria, encapuzadas. «Chegámos até à Piursa, “pior que uma ursa”, por ser uma expressão que a minha mãe sempre usou quando estava chateada com alguma coisa! Achámos que era um nome que transmitia garra e personalidade e também era fácil de se pronunciar, mesmo noutras línguas», explica Catarina Branco ao Portugal Têxtil.

As propostas da marca, destinada a homens e mulheres entre os 18 e os 45 anos «que procuram e dão valor a peças diferentes e originais no dia-a-dia», são inspiradas por subculturas urbanas – incluindo o estilo de vida e os desportos praticados por cada uma destas “tribos” que habitam as cidades –, mas também pela fotografia, arte e música, numa aposta que combina designs exclusivos e materiais de qualidade. «Os tecidos customizados com estampados de padrões “all over” e as malhas tricotadas feitas à mão são parte importante de todas as nossas coleções», sublinha Catarina Branco, que acrescenta ainda que as «peças são produzidas em poucas quantidades e em edições limitadas», num conceito de minicolecções, lançadas de três em três meses.

A produção – a única área subcontratada – é realizada em confeções no norte de Portugal, mas as vendas chegam já a outros mercados que não o nacional. Através do Facebook, enquanto não chega a loja online que, garante a cofundadora, é «uma prioridade», a Piursa faz envios, entre as suas cerca de 25 encomendas mensais, para consumidores com morada em Inglaterra, Alemanha e República Checa. A marca está ainda à venda na loja online Minty e em pontos de venda físicos, incluindo o seu atelier e as lojas Burgundy e Secret Surf Shop, todas em Aveiro.

No primeiro semestre de 2016 a marca teve «um aumento de produção e as vendas acompanharam», sendo que, em percentagem, Catarina Branco notou um crescimento na ordem nos 50%.  Uma sweatshirt Piursa pode ir dos 75 aos 90 euros, «dependendo do modelo» e as t-shirts variam entre os 30 e os 35 euros. Há, ainda, vestidos a 55 euros ou gorros a 30 euros.