Nas últimas décadas, o aumento da concentração dos gases de estufa na atmosfera tem sido apontado como uma das principais causas das alterações do clima, que terão impacto directo negativo nos ecossistemas terrestres, nos diversos sectores socio-económicos mundiais, na saúde pública e na qualidade de vida das pessoas em geral.
Surpreendentemente, as construções são responsáveis por cerca de metade das emissões de gases de estufa a nível mundial, de acordo com o DETR (Department of Environment, Transport and the Regions) do Reino Unido. Este facto tem levado muitos governos a equacionar a melhoria das práticas da construção de forma a respeitar o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, e do qual Portugal é subscritor. Uma vez que o telhado é quase sempre a principal fonte de perda de energia, é invariavelmente o ponto de partida para uma solução energética eficaz. Neste âmbito, a DuPont Nonwovens desenvolveu uma solução baseada numa gama de membranas protectoras abertas ao vapor designadas por Tyvek, também conhecidas como reforços respiráveis. Estas são colocadas entre o telhado e o edifício de forma a manter o calor no interior e a proteger contra a condensação nociva. No final, as telhas são colocadas no cimo, completando a cobertura do telhado. Este tipo de telhado está a revelar-se um caso sério de sucesso por todo o Reino Unido. Como criador desta tecnologia de cobertura eco-eficiente baseada na Tyvek, a DuPont ocupa a posição de líder do mercado global. No Reino Unido, por exemplo, as vendas de Tyvek em 2002 aumentaram 175% em relação a 2001. Os planos futuros assinalam uma expansão ulterior do sistema não-ventilado selado a vários outros mercados, que incluem a Irlanda, a Escandinávia, a Letónia, a Estónia, a Lituânia, a Bélgica e a França. Segundo a BRE (Building Research Establishment), os telhados construídos com Tyvek são não só livres de condensação como até cerca de 25% mais energético-eficientes do que os telhados ventilados convencionais. Este revolucionário sistema, ao ser adoptado por todo o Reino Unido, permitirá reduzir as emissões de dióxido de carbono em dois milhões de toneladas por ano. Trata-se claramente de um importante avanço tecnológico, que poderá contribuir para limitar o aquecimento global e ajudar a salvar os ecossistemas ameaçados do planeta, mas que se depara ainda com alguns obstáculos. Certas ideias erradas, como a crença de que a ventilação não afecta a perda de calor, rodeiam os sistemas não-ventilados selados. Existe também alguma controvérsia quanto à blocagem dos poros e à dificuldade de instalação. E os métodos de construção de telhados estipulando a não-ventilação não se tornarão provavelmente populares entre os produtores de aberturas de ventilação e respectivos acessórios. «O facto é que as membranas respiráveis de alta qualidade como a Tyvek são extremamente rápidas e fáceis de colocar, reduzindo a perda de calor por insolação e controlando a condensação», afirma Auturo Horta, director técnico da DuPont Nonwovens Construction. «No entanto, várias inexactidões têm circulado acerca da sua capacidade para originar estes benefícios na prática. Parece que alguns grupos, por motivações comerciais, encaram o crescimento deste produto como uma ameaça directa». «Indiferentes aos seus argumentos, o consenso entre os organismos respeitados entre a indústria da construção mundial parece refutar a linha seguida por esses grupos», revela Arturo Horta. «A Tyvek tornou-se recentemente a primeira gama de produtos no Reino Unido a ter a aprovação técnica universal do BBA (British Board Agrément) para o seu sistema de cobertura não-ventilada selada». De acordo com a opinião de John Hart, investigador sénior no BBA, este sistema pode «contribuir significativamente para a redução do aquecimento global e melhorar a eficiência de toda a indústria de construção». John Potter, um arquitecto que tem usado frequentemente o sistema, testemunha: «o sistema de cobertura não-ventilado selado permite aosdesigners tratar os movimentos do calor, do ar e da humidade dentro e fora do telhado, ajudando-os a criar edifícios que são simultaneamente energético-eficientes e confortáveis». Além das vantagens ambientais, os estudos confirmam que existem economias consideráveis com o uso destes sistemas. Estes telhados requerem menos custos na construção e as economias continuam a aumentar ao longo de período de vida do edifício. A eliminação de correntes de ar, fugas de ar e correntes de transporte indesejáveis resultam em claras economias de energia, significando que o edifício custa menos a aquecer e arrefecer. A inerente resistência e durabilidade da Tyvek assegura também que durará tanto ou mais do que o próprio telhado. Reflectindo o compromisso da empresa no seu crescimento sustentável, a equipa da DuPont Tyvek Construction do Reino Unido recebeu, no ano transacto, o Prémio Excelência da DuPont pelo seu revolucionário sistema de cobertura. Um exemplo de como a inovação científica pode beneficiar o nosso planeta.