Pegando nos números isoladamente, o presidente e CEO da Nike, Mark Parker, decidiu festejar o pré-Campeonato do Mundo quando chama ao terceiro trimestre da empresa «fantástico» e sublinha que os lucros aumentaram 2%, acompanhados por um crescimento de 7% do volume de negócios, e que, pela primeira vez, a empresa registou aumentos em toda a linha… Analisando os números divulgados, parece que as razões para o optimismo de Parker tornam-se menos sólidas, sobretudo tendo em conta as encomendas futuras da Nike para o período de Março a Julho. Com mais 9%, para os 7,1 mil milhões de dólares (5,23 mil milhões de euros), estes valores assinalam uma continuação certa do crescimento durante o período crucial do Campeonato do Mundo e depois, deixando Parker a argumentar que «a Nike é mais do que uma sobrevivente nestes difíceis tempos económicos». O volume de negócios regional também permite leituras favoráveis, sobretudo o retorno ao crescimento na América do Norte e a performance mais forte do que a esperada na Europa Ocidental. A China e o Japão mantêm-se, respectivamente, rosa e cinzento. O crescimento no volume de negócios do vestuário na América do Norte sublinha o que Parker chamou «a maior oportunidade única para a Nike». E acrescentou «somos já uma das maiores empresas de vestuário do mundo, mas nada se compara com o que é possível neste espaço». Potencial é também o nome do jogo para os outros negócios da empresa. Durante o terceiro trimestre, a performance forte foi impulsionada pela Converse e pela sólida exibição da Umbro na corrida para o Campeonato do Mundo de Futebol na África do Sul. Segundo Parker, «tudo aponta para uma palavra – dinamismo», disse aos analistas. «Enquanto outros congelaram ou cortaram nos últimos dois anos, nós nunca paramos de nos mexer», concluiu. Os arqui-rivais Adidas e Puma divulgaram recentemente resultados relativamente pouco brilhantes – e não há nada como os azares dos outros para dar brilho aos nossos próprios sucessos.