Pereira da Cunha alarga fronteiras

Com os EUA como principal mercado, a Pereira da Cunha tem vindo a identificar novos mercados que se revelaram oportunidades para a empresa. A produtora de têxteis-lar pretende ser uma referência para as grandes marcas mundiais e, seguindo as tendências, tem procurado incorporar matérias-primas orgânicas e naturais no seu portfolio de produtos.

[©Pereira da Cunha]

Especialista em colchas, a Pereira da Cunha tem vindo a ampliar a sua oferta de produtos a sacos-cama, edredões e outros artigos para a cama de forma a vencer no mercado concorrencial dos têxteis-lar.

Acompanhando as constantes mudanças de tendências dos mercados mundiais e, sendo hoje a sustentabilidade uma preocupação global, a empresa tem procurado «novas matérias-primas, mais naturais, orgânicas e certificadas, contribuindo para um meio-ambiente melhor», afirma o administrador Tiago Pereira da Cunha.

[©Pereira da Cunha]
Os EUA continuam a ser o principal mercado da produtora de têxteis-lar, que exporta 90% dos seus produtos. No entanto, a empresa tem vindo a «apostar em países da América do Sul, que devido aos grandes aumentos de preço nos produtos, sobretudo com a escalada dos custos de transporte da Ásia, nos tornou mais competitivos, para além de oferecermos uma qualidade superior e sermos cumpridores nos prazos de entrega», revela ao Portugal Têxtil.

Os efeitos da pandemia fizeram-se sentir de forma negativa no ano passado, nomeadamente devido ao «encerramento dos portos marítimos, que desencadeou o adiamento de encomendas para além de uma serie de restrições que tivemos de cumprir. Já 2021 foi o oposto.  Foi um ano de retoma e com um volume de vendas bastante significativo», explica o administrador.

[©Pereira da Cunha]
Face ao custo e escassez das matérias-primas na atualidade, Tiago Pereira da Cunha garante que a empresa, contudo, vai conseguir satisfazer todas os pedidos dos clientes, mas a um preço bastante mais alto.

«Temos fornecedores de longa data que fazem todos os esforços para nos fornecerem o algodão e, até à data, não sentimos falha nas matérias-primas, mas apenas uma subida no preço», aponta.

O administrador espera que esta situação estabilize no primeiro semestre de 2022 e, ao mesmo tempo, que a Pereira da Cunha mantenha o ritmo de faturação deste ano.

«Não queremos ser reconhecidos pela grandeza da empresa, mas pela qualidade e diversificação dos nossos produtos, e continuar a fornecer as principais marcas mundiais», salienta.

A produtora de têxteis-lar está ainda a fazer algumas restruturações a nível da maquinaria e, recentemente, modernizou o showroom. «Estamos preparados para receber os clientes como se estivéssemos numa feira ou numa luxuosa suite de um hotel», enfatiza Tiago Pereira da Cunha.